O objetivo da rede de 2,5 metros de altura e 20 metros de comprimento é afastar o excesso de turistas. Moradores reclamam que eles deixam lixo no local e ignoram as regras de trânsito.
Da mesma forma, alguns estabelecimentos comerciais, como cafés, proibiram a produção de conteúdo de influencers, com a justificativa de que o local não tinha estrutura para dar conta do aumento de popularidade.
Veja locais que restringiram o acesso para fotos:
Muro antisselfie em vila austríaca
Muro “antisselfie” foi implantado em ponte na Áustria — Foto: REINHARD HÖRMANDINGER / APA / AFP
⛄ O local é conhecido por ter uma vista que se assemelha a um cenário da série de filmes animados “Frozen”. Segundo a rede britânica “BBC”, o muro foi retirado dias depois.
A pequena vila de apenas 750 moradores tem casas de madeira inclinadas e cobertas de neve e recebia cerca de um milhão de visitantes por ano.
Vilarejo dos EUA que baniu influencers
O turismo move a economia de Vermont, mas nem todos os moradores aprovam o movimento — Foto: JENNIFER BARROW/ALAMY via BBC
🍁 Com apenas 900 moradores, a cidade de Pomfret, no estado americano de Vermont, é geralmente um lugar tranquilo. No entanto, durante o outono, sua beleza bucólica tem atraído hordas de influencers atrás de cliques de silos e folhas secas na paisagem.
Desde que as imagens da Fazenda Sleepy Hollow, uma propriedade privada situada em uma estrada rústica, começaram a se tornar virais nas redes sociais há alguns anos, os moradores locais dizem que as coisas ficaram fora de controle.
Deborah Goodwin, coordenadora de exposições do Artistree Community Arts Center de Pomfret, disse os influenciadores regularmente pulavam um portão coberto com placas de “Proibido invadir”, montavam vestiários para acomodar suas muitas trocas de fantasias, deixavam seus “carros urbanos” presos na estreita estrada de terra e deixavam resíduos corporais na beira da estrada.
Multa para quem “demora” em pontos turísticos
A prefeitura de Portofino, na Itália, estabeleceu uma multa para quem “demora” em determinados pontos turísticos. Quem levar muito tempo em busca do clique perfeito pode ter que desembolsar até 275 euros (cerca de R$ 1500).
Em entrevista ao jornal inglês “The Times”, o prefeito Matteo Viacava afirmou que o “caos anárquico” criado por visitantes que paravam para tirar fotos causa engarrafamentos e bloqueia ruas.
“O objetivo não é tornar o lugar mais exclusivo, mas permitir a todos aproveitar a nossa beleza. Queremos evitar situações perigosas causadas por multidões”, afirmou o prefeito.
Café em Nova York
‘Dae’, café em Nova York, proibiu sessões de fotos e produção de conteúdo para as redes sociais — Foto: Reprodução
Enquanto alguns locais buscam o selo de “instagramável” para atrair visitantes e engajamento, outros querem distância do burburinho causado por influencers.
No Brooklin, em Nova York, uma loja de design e café anunciou em seu Instagram: “Adoramos fotos de comida e bebida (claramente) … mas as sessões de fotos do TikTok e do Instagram ficaram um pouco fora de controle para nós“.
Com isso, o local passou a permitir apenas fotos rápidas dos pratos, mas sem produção de conteúdo em vídeo para redes sociais.
“As pessoas entravam e literalmente faziam sessões de fotos – elas apenas tomavam uma bebida e ficavam por duas horas fotografando”, disse Carol Song, coproprietária da loja, ao portal Curbed.
Café em Taiwan baniu influenciadores
O café Mittsume Desserts, em Taiwan, baniu influencers do local em 2020 — Foto: Reprodução
Em 2020, o café Mittsume Desserts, em Taiwan, já havia tomado uma medida parecida, e até mais drástica. Eles baniram influencers do local, após os esforços de alguns para a foto perfeita, como subir em cadeiras do estabelecimento, informou o portal Vice.
O estabelecimento anunciou no Instagram: “A partir de hoje, os influenciadores estão estritamente proibidos”.