Cinco suspeitos acusados de envolvimento no assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador nas eleições de 2023, serão julgados, disse o escritório do procurador-geral nesta quarta-feira (28).
A decisão pelo julgamento de cinco dos seis suspeitos de envolvimento no assassinato, presos preventivamente, foi tomada após uma audiência que durou dois dias e terminou nesta quarta. Segundo uma decisão judicial, um dos suspeitos será libertado.
Os seis suspeitos foram acusados durante a audiência. Dois deles seriam líderes de facções dentro da gangue Los Lobos, segundo os promotores. São eles:
- Carlos Edwin Angulo Lara, também conhecido como “O invisível”. “Ele seria a pessoa que deu a ordem para assassinar o candidato presidencial de dentro da prisão CRS Cotopaxi”, disse a procuradora Ana Hidalgo na terça-feira (27), primeiro dia das audiências.
- Laura Dayanara Castillo, líder de uma facção em Los Lobos. Ela estaria encarregada da logística, incluindo a obtenção de armas, veículos e camisetas e bonés de campanha para os assassinos, segundo a promotoria.
A promotoria diz também que Angulo serviu como intermediário entre os assassinos e a pessoa que contratou o crime. As equipes de defesa de Angulo e de Laura Castillo argumentem que há falta de evidências para os ligar à Los Lobos.
Os outros quatro réus, incluindo o homem libertado na quarta (28) pela juíza Irene Perez, dirigiam carros ou motocicletas ou estavam presentes no local, disse o promotor.
Um advogado de defesa de Angulo disse que os promotores não apresentaram provas de que seu cliente seja membro de Los Lobos ou que um telefone supostamente usado no plano pertenceria a ele.
Advogados dos outros acusados também questionaram o que dizem ser uma falta de evidências, bem como o uso de uma testemunha protegida pela promotoria e por qual razão essa pessoa não teria sido acusada.
O assassinato
Vídeo mostra o momento em que o candidato à presidência do Equador é assassinado
Os motivos do assassinato de Villavicencio ainda não foram descobertas e uma investigação sobre quem o ordenou ainda está em andamento.
Um atirador foi morto no local e o caso ficou ainda mais obscuro em outubro, quando sete dos 13 suspeitos inicialmente detidos foram assassinados na prisão.