A expectativa é de que o encontro, ainda sem data marcada, seja entre o embaixador e o assessor especial da presidência da República Celso Amorim.
A embaixada da Venezuela ligou para o Palácio do Planalto na quarta-feira (27) para expressar o desejo de reunião. O contato foi noticiado pela coluna de Lauro Jardim, no “Jornal O Globo”, e confirmado pela TV Globo e GloboNews.
“Ela não foi proibida pela Justiça. Me parece que ela se dirigiu até o lugar e tentou usar o computador, o local, e não conseguiu entrar. Então foi uma coisa que causou prejuízo a uma candidata”, disse.
Os venezuelanos afirmaram que o posicionamento brasileiro era intervencionista, “nebuloso e parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”.
“É uma posição para acalmar os ânimos, já que a primeira tentativa, boba, de atacar o Itamaraty e poupar o presidente Lula, caiu por terra ontem”, disse um diplomata à reportagem.
Eleições na Venezuela
Corina Yoris durante coletiva de imprensa em Caracas, em 22 de março — Foto: REUTERS/Gaby Oraa
As eleições venezuelanas estão marcadas por questionamentos e denúncias de perseguição contra opositores do atual regime. O presidente Nicolás Maduro, que está no poder há 11 anos, tenta mais um mandato.
Após o fim do prazo para inscrição de candidatos, a coalizão Plataforma Unitária Democrática, que reúne dez partidos de oposição, afirmou não ter conseguido registrar o nome de Corina Yoris.
Ela já havia sido escolhida porque a candidata inicial, María Corina Machado, foi inabilitada pela Suprema Corte venezuelana, alinhada a Maduro.
Diante disso, a oposição deve apoiar o nome de Manuel Rosales, que conseguiu se inscrever de última hora no processo eleitoral.