A usina nuclear de Zaporizhzhia é a maior da Europa. No último domingo, ela foi atingida por drones, e um prédio onde fica um reator chegou a ser atingido.
Soldado russo vigia acesso à central nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia. — Foto: Alexander Ermochenko/ Reuters
O chefe da agência de vigilância nuclear da ONU, Rafael Grossi, afirmou nesta quinta-feira (11) que a usina nuclear de Zaporizhzhia, que pertence à Ucrânia, mas fica na região do país que está sob ocupação russa, tem sido alvo de ataques de drones que precisam parar porque representam um momento novo e muito perigoso da guerra.
A usina nuclear de Zaporizhzhia é a maior da Europa. No último domingo, ela foi atingida por drones, e um prédio onde fica um reator chegou a ser atingido.
Ainda não está claro quem ordenou ataques —Ucrânia e da Rússia trocam acusações a respeito de quem está por trás dessas ofensivas desde o começo da guerra. Após o último domingo, os governos dos dois países pediram um encontro de emergência com o conselho da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), a agência nuclear da ONU
A agÊncia afirmou que a segurança das instalações não foi comprometida, mas esse é o pior incidente no local desde novembro de 2022 (a guerra começou em fevereiro de 2022).
Grossi vai se encontrar com o Conselho de Segurança da ONU para tentar alertar a entidade do risco de ataques contra a usina. Caso os ataques prossigam, a guerra iria entrar em “uma nova e perigosa fronteira da guerra”.
O presidente da AIEA afirmou que esses ataques mais recentes “nos colocam em uma situação crítica nesta guerra”.
Ele pediu para que o conselho da AIEA apoie a agência em seu pedido para não haver ataques contra Zaporizhzhia. No entanto, o conselho não votou nenhuma resolução nesse sentido.