O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que espera que países aliados e parceiros também apliquem sanções contra o Irã em breve.
Em comunicado, Sullivan disse que as ações devem atingir os programas de mísseis e drones do Irã, além de entidades que apoiam a Guarda Revolucionária e o Ministério da Defesa do Irã.
“Estas novas sanções e outras medidas darão continuidade a uma pressão constante para conter e degradar a capacidade e eficácia militar do Irã e confrontar toda a gama dos seus comportamentos problemáticos”, disse o conselheiro.
“Não hesitaremos em continuar a tomar medidas, em coordenação com aliados e parceiros em todo o mundo, e com o Congresso, para responsabilizar o governo iraniano pelas suas ações maliciosas e desestabilizadoras.”
A Casa Branca informou ainda que o presidente Joe Biden está coordenanando uma resposta contra o Irã junto com aliados dos Estados Unidos e o G7 — grupo dos sete países mais industrializados do mundo.
A decisão dos Estados Unidos atende a um pedido de Israel. No domingo (14), o representante israelense na ONU afirmou que órgão deveria aplicar “todas as sanções” contra o Irã.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, disse que enviou cartas para 32 países pedindo medidas contra o Irã.
“Ao lado da resposta militar ao disparo de mísseis e drones, estou liderando um ataque diplomático contra o Irã”, escreveu Katz em uma rede social, nesta terça-feira.
O ataque
A ofensiva do Irã de sábado (13) foi uma retaliação ao ataque israelense contra a embaixada iraniana na Síria. Naquele dia, mais de 300 mísseis e drones do Irã foram enviados ao território israelense. Cerca de 99% do ataque foi repelido, segundo os militares de Israel.
Na segunda-feira (15), o Gabinete de Guerra de Israel decidiu que vai responder ao ataque iraniano. Segundo o canal israelense Channel 12, o governo israelense estuda uma réplica para “ferir” o Irã sem chegar ao ponto de provocar uma guerra regional.
Ainda de acordo com a imprensa local, o governo de Benjamin Netanyahu tentará uma ação militar coordenada com os Estados Unidos. Washington, no entanto, já disse que não participaria de um eventual ataque ao Irã.
Autoridades de Israel ouvidas pela agência de notícias Reuters disseram que o gabinete era favorável a uma resposta, mas ainda não decidiu em que escala e quando isso acontecerá.
Ainda durante o fim de semana, o Irã já havia prometido uma ofensiva maior caso Israel contra-atacasse.