O papa Francisco visitou neste domingo (28) a cidade de Veneza, na Itália, e conversou com prisioneiras e artistas que participam da Bienal de Veneza. Ele pediu também para que os jovens não passem a vida “grudados ao telefone”.
Francisco visitou o presídio feminino na ilha de Giudecca, onde o Vaticano montou seu pavilhão da Bienal de Veneza, com uma exposição multimídia montada com a participação de prisioneiras e artistas. Esta foi também a primeira vez que o papa visitou a Bienal das Artes da cidade, a exposição de artes mais famosa do mundo.
“A prisão é uma dura realidade e problemas como a superlotação, a falta de instalações e recursos e episódios de violência dão origem a muito sofrimento. Mas taombém pode tornar-se um lugar de renascimento moral e material”, disse papa.
A viagem, para a qual o pontífice utilizou helicóptero, barco e até um carrinho de golfe, foi o maior teste à mobilidade de Francisco este ano, após problemas de saúde nos últimos meses.
O papa, de 87 anos, também percorreu os famosos canais da cidade e pediu que os jovens “não passem a vida grudados ao telefone”.
Às presidiárias, Francisco pediu que usem o tempo na prisão como uma oportunidade para “renascimento moral e material”.
Papa Francisco fala a presidiárias e artistas em presídio feminino em Veneza, em 28 de abril de 2024. — Foto: Vaticano via Reuters
“Paradoxalmente, uma estadia na prisão pode marcar o início de algo novo, através da redescoberta da beleza insuspeitada em nós e nos outros, simbolizada pelo evento artístico que você está organizando e pelo projeto para o qual você contribui ativamente”, disse Francisco.
Ainda neste domingo, o papa retornará ao Vaticano.