Ele foi encontrado na quinta-feira (10) por um helicóptero da Guarda Costeira dos Estados Unidos e resgatado com a ajuda de um helicóptero.
O homem, cuja identidade não foi divulgada, estava a cerca de 48 quilômetros de Longboat Key, em Sarasota, onde o furacão Milton tocou o solo na noite de quarta-feira. O barco em que ele estava, segundo a Guarda Costeira, virou por conta do mar agitado horas antes da chegada do furacão.
Homem ficou à deriva no Golfo do México depois de o barco em que estava virar por conta da passagem do furacão Milton na Flórida, em outubro de 2024. — Foto: Reprodução/ g1
Antes de naufragar, o homem conseguiu pedir socorro por rádio, mas já era tarde demais para que os serviços de emergência saíssem ao mar. Na quinta-feira, as equipes retomaram as buscas e o localizaram à deriva, agarrado ao isopor.
Para resgatá-lo, um mergulhador desceu com uma corda e conseguiu transportar o homem ao helicóptero que fazia as buscas.
Ele foi levado ao Hospital Geral de Tampa, mas passa bem, segundo a Guarda Costeira.
Imagens mostram rastro de destruição deixado pelo furacão Milton após passar pela Flórida
Ruas ficaram alagadas e mais de 3 milhões de imóveis ficaram sem energia em todo o estado. O furacão perdeu força ao longo da madrugada enquanto avançava pelo continente. O olho do furacão já seguiu em direção ao Oceano Atlântico na manhã desta quinta.
O fenômeno foi rebaixado para a categoria de ciclone pós-tropical e a previsão do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês) é que continue enfraquecendo ao longo dos dias.
Veja abaixo fotos e vídeos que mostram o rastro de destruição deixado pelo furacão Milton:
Vista aérea de casas destruídas pela passagem do furacão Milton em Fort Piece, na Flórida, em 10 de outubro de 2024. — Foto: AP Photo/Gerald Herbert
Carros submersos em inundação em Tampa causada pela passagem do furacão Milton pela Flórida em 10 de outubro de 2024. — Foto: Kairat Kassymbekov via AP
Veja os estragos causados pelo Furacão Milton
Barco com equipes de resgate transita em inundação causada pelo furacão Milton em Clearwater, na Flórida, em 10 de outubro de 2024. — Foto: AP Photo/Mike Stewart
Rua alagada em Fort Myers, na Flórida, após a passagem do furacão Milton — Foto: CHANDAN KHANNA/AFP
Mulher lamenta estragos enquanto furacão Milton se aproximava da Flórida — Foto: Bill Ingram/USA Today via Reuters
Destroços cobrem o chão próximo a um guindaste que caiu em São Petersburgo, na Flórida, após o furacão Milton — Foto: Chris Urso/Tampa Bay Times via AP
Ruas alagadas em Fort Myers, na Flórida, após a passagem do furacão Milton — Foto: Joe Raedle/Getty Images North America/via AFP
Molhos chora após ter casa destruída por tornado durante a aproximação do furacão Milton, na Flórida — Foto: Andrew West/The News-Press/USA Today via Reuters
Hangar no Aeroporto Albert Whitted, em St. Petersburg, na Flórida, é destruído após passagem do furacão Milton. — Foto: Marco Bello/Reuters
Imagem mostra guindaste que caiu sobre prédio do escritório do Tampa Bay Times, após passagem do furacão Milton, na Flórida, nos EUA — Foto: Reuters/Octavio Jones
Barcos em frente a casa em Punta Gorda, na Flórida, arrastados pelo furacão Milton em 10 de outubro de 2024. — Foto: AP Photo/Marta Lavandier
Corrida pela sobrevivência
Quando tocou o solo na Flórida, por volta das 21h30 de quarta-feira (9) (horário de Brasília), Milton era um furacão 3 com ventos de até 205 km/h, segundo o NHC. Às 23h50, as rajadas estavam na casa de 165 km/h. Por volta das 2h, os ventos estavam em 145 km/h e o furacão havia sido rebaixado para a categoria 1.
O olho do furacão atingiu a Baía de Tampa, onde vivem mais de 3 milhões de pessoas. Desde o início da semana, milhares de moradores foram retirados de áreas vulneráveis e encaminhados para abrigos.
As evacuações em massa deixaram cidades-fantasma na Flórida e provocaram congestionamentos. A corrida para deixar a região também fez com que gasolina faltasse em postos de combustíveis.
Vídeo acelerado mostra avanço do mar durante furacão Milton em Fort Myers, na Flórida
O presidente Joe Biden destacou o “potencial de destruição” do furacão e afirmou que equipes federais foram enviadas à Flórida para coordenar os trabalhos de emergência. Já o governador Ron DeSantis pediu para que a população buscasse abrigo imediatamente e permaneça em locais seguros.
“As equipes de resgate estão prontas para atuar assim que as condições climáticas permitirem”, afirmou DeSantis.
Confira outros pontos da passagem do furacão:
- Atualmente, a costa oeste da Flórida está em fase de recuperação por causa da passagem do furacão Helene, no fim de setembro. A tempestade provocou dezenas de mortes e deixou estragos.
- Aeroportos em Tampa e Orlando interromperam voos. Grandes parques temáticos fecharam, como os da Disney e da Universal. A expectativa é de que os aeroportos reabram até o final de semana, e os parques da Disney reabrirão na sexta (11).
- Cientistas estão surpresos com a temporada de furacões no Atlântico e a classificaram como “a mais estranha” já vista. Cinco fenômenos do tipo se formaram entre setembro e outubro.
- O aquecimento dos oceanos, principalmente do Oceano Atlântico Norte, e a transição para o La Niña podem estar por trás da intensidade dos fenômenos.
- No caso de Milton, o fenômeno passou de tempestade tropical a um furacão de categoria 5 em apenas 46 horas. O aumento na intensidade é um dos mais rápidos já registrados.
- No México, o furacão provocou estragos pequenos, sem deixar mortos ou feridos.
Furacão Milton toca o solo dos Estados Unidos — Foto: Juan Silva/g1
Furacão Milton pode provocar alagamentos na Flórida — Foto: Kayan Albertin/g1