O governo de Israel aprovou um acordo de cessar-fogo com o grupo extremista libanês Hezbollah, nesta terça-feira (26). O tratado envolve a retirada de tropas israelenses do Líbano e o fim da troca de ataques. A expectativa é que o acordo entre em vigor já na quarta-feira (27).
Israel e Hezbollah tem um histórico de tensões que remonta a década de 1980. Em outubro do ano passado, o grupo extremista passou a atacar com frequência o norte de Israel em apoio aos terroristas do Hamas. O objetivo era firmar uma oposição em relação à guerra na Faixa de Gaza.
O conflito entre Israel e o Hezbollah se intensificaram nos últimos meses, com o aumento da troca de ataques. Entre o fim de setembro e o início de outubro, bombardeios passaram a ser frequentes contra Beirute, e os militares israelenses iniciaram uma operação terrestre no sul do Líbano.
O acordo firmado nesta terça-feira foi mediado com a ajuda dos Estados Unidos e propõe uma trégua de pelo menos 60 dias. O governo do Líbano e o Hezbollah concordaram com os termos. Já o Gabinete de Segurança de Israel fez uma reunião para aprovar o tratado.
O acordo tem cinco páginas e é dividido em 13 seções. Entre os principais pontos estão:
- Pausa na troca de hostilidades.
- Retirada de tropas de Israel do Líbano.
- Recuo de militantes do Hezbollah na região da fronteira com Israel.
- Possibilidade de ataques israelenses em caso de ameaças.
O Ministério da Saúde do Líbano informou que 3.823 pessoas morreram no país desde outubro de 2023 por causa de bombardeios israelenses. Outras 15.859 ficaram feridas. Por outro lado, ataques do Hezbollah também provocaram mais de 100 mortes em Israel.