Yong-hyun é acusado pela Justiça sul-coreana de ter sugerido o decreto da lei marcial ao presidente Yoon Suk Yeol, na semana passada. O ex-ministro está preso desde o último domingo (8), e sua detenção foi formalizada na terça com mandado de prisão expedido contra ele. (Leia mais abaixo)
O comissário-geral do Serviço Correcional da Coreia do Sul, Shin Yong Hae, informou aos legisladores sobre a tentativa de suicídio de Yong-hyun, que teria ocorrido na noite de terça (11) no centro de detenção onde ele está retido, em Seul. Segundo o comissário, agentes penitenciários impediram o ato e o ex-ministro se encontra em condição estável.
Kim, uma das pessoas mais próximas do presidente Yoon, é acusado de ter colaborado com o presidente Yoon Suk Yeol e outros na imposição da lei marcial em 3 de dezembro e de enviar tropas à Assembleia Nacional para impedir que os parlamentares votassem pela derrubada da medida. Apesar da atuação dos militares, um número suficiente de legisladores conseguiu entrar no Parlamento e revogar a lei marcial.
O principal partido de oposição, o Partido Democrático, planeja introduzir uma nova moção para impeachment de Yoon por conta da lei marcial. O pedido deve ser apresentado na quinta-feira (12) para uma votação no próximo sábado. O presidente já sobreviveu a uma votação de impeachment, no último sábado, quando parlamentares do partido governista boicotaram a votação.
Ex-ministro da Defesa preso
A Justiça da Coreia do Sul emitiu nesta terça-feira (10) um mandado de prisão contra ex-ministro da Defesa, Kim Yong-hyun. Ele é acusado pela promotoria de ter sugerido o decreto da lei marcial ao presidente Yoon Suk Yeol, na semana passada.
Yong-hyun está preso desde o último domingo (8), quando promotores o detiveram preventivamente. No sábado, a polícia sul-coreana fez buscas em sua casa. O ex-ministro se tornou a primeira pessoa presa no caso da lei marcial.
O Tribunal Distrital Central de Seul informou nesta terça que aprovou o pedido dos promotores para um mandado de prisão contra Kim Yong-hyun. Com isso, sua prisão foi formalizada.
Kim é acusado de ter colaborado com o presidente Yoon Suk Yeol e outros na imposição da lei marcial em 3 de dezembro, que levou tropas armadas às ruas de Seul. Como parte da investigação, as autoridades apuram se esses atos configuram rebelião.
Lei marcial e crise na Coreia do Sul
O presidente Yeol surpreendeu o país e o mundo ao decretar lei marcial no final da noite de 3 de dezembro, no horário local. A medida restringe direitos e liberdades civis e sua adoção foi duramente criticada pela oposição e pela população.
A lei foi derrubada em poucas horas pelo Parlamento sul-coreano, que realizou sessão emergencial à revelia das forças da lei marcial, que tinham instruções para fechar a casa legislativa. O presidente sobreviveu a uma votação de impeachment no final de semana passado, quando seu partido abandonou a votação.
Desde então, investigações foram abertas contra o presidente e alguns de seus subordinados, como o então ministro da Defesa Kim Yong-hyun.