“As Forças Armadas norte-coreanas dispararam mais de 60 projéteis da área noroeste da ilha de Yeonpyeong hoje [sexta-feira, 5 de janeiro], entre 16h e 17h [4h e 5h deste sábado, 6 de janeiro, no horário de Brasília]”, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado, alertando à Coreia do Norte que ponha fim às suas ações.
As autoridades ordenaram a evacuação dos civis como “medida preventiva”, e as balsas foram suspensas devido à escalada militar, uma das mais graves registradas na península coreana desde 2010, quando o Norte bombardeou Yeonpyeong.
Tanto nesta sexta-feira como neste sábado, projéteis norte-coreanos aterrissaram em uma zona tampão marítima criada sob um acordo de 2018 para diminuir as tensões, que se rompeu em novembro depois que a Coreia do Norte lançou um satélite espião.
O Exército sul-coreano declarou neste sábado que “os repetidos disparos de artilharia […] representam uma ameaça à paz na península coreana e uma escalada de tensões”.
A força militar lançou “uma advertência firme” e instou Pyongyang a cessar as suas ações.
“A Coreia do Norte, após a sua declaração de anulação do ‘Acordo Militar de 19 de setembro’, continua ameaçando os nossos cidadãos com fogo de artilharia contínuo dentro da zona onde os atos hostis são proibidos”, afirmou o Estado-Maior Conjunto. “Em resposta, o nosso Exército tomará medidas adequadas para preservar a nossa nação.”
Yeonpyeong, que tem cerca de 2 mil habitantes e está localizada no mar Amarelo, cerca de 115 km a oeste de Seul e 12 km ao sul da costa da província de Hwanghae, na Coreia do Norte.