Heappey também pontou que a missão foi um ataque isolado. “A ação foi uma resposta limitada, proporcional e isolada” e ainda afirmou que estão “atentos à necessidade de garantir que isso não cause uma escalada regional”.
Também nesta sexta, o Irã, a Rússia e o Omã condenaram o ataque conduzido pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, afirmou que os bombardeios conduzidos contra os Houthis atingiram várias cidades do Iêmen.
Mohammed Abdulsalam, porta-voz do Houthis, afirmou que o grupo continuará os ataques a navios com destino a Israel no Mar Vermelho e que a operação contra alvos do grupo é “injustificada”.
Horas após o ataque, a Rússia afirmou que solicitou uma reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações Unidos para discutir o bombardeio.
Vista da ponte do HMS Diamond disparando mísseis no Mar Vermelho — Foto: Ministério da Defesa do Reino Unido/Divulgação via REUTERS
Ataques no Mar Vermelho
A ação conduzida pelos Estados Unidos e o Reino Unido, nesta sexta-feira, foram feitos via água e ar, com o uso de submarinos, navios e aeronaves.
Esses foram os primeiros bombardeios contra o grupo desde que os rebeldes começaram a atacar navios comerciais no Mar Vermelho, no fim de 2023.
Nas últimas semanas, militantes do grupo rebelde, apoiados pelo Irã, intensificaram ataques contra os navios comerciais em protesto à guerra de Israel em Gaza. Além disso, os houthis controlam boa parte do Iêmen.
O grupo prometeu continuar os ataques até que Israel interrompa o conflito em Gaza e alertaram que atacariam navios de guerra dos EUA se o próprio grupo de milícia fosse alvo.
Os ataques houthis perturbaram o comércio internacional na principal rota entre a Europa e a Ásia, que representa cerca de 15% do tráfego marítimo mundial.
Várias companhias de transporte marítimo suspenderam operações, preferindo o trajeto mais longo em torno da África.
Mapa mostra o caminho que os navios fazem até chegar ao Canal de Suez — Foto: Kayan Albertin/g1
Rússia pede reunião do Conselho de Segurança da ONU após ataque dos EUA e Reino Unido no Iêmen