O Tribunal Supremo Eleitoral encerrou a votação às 17h locais (20h de Brasília). Havia 6,2 milhões de eleitores aptos a comparecer às urnas.
Desde 2022, o país está em estado de exceção, que é renovado de tempos em tempos. Mais de 70 mil pessoas foram presas sob suspeita de pertencerem a gangues. Bukele ergueu uma prisão de segurança máxima onde mais de 100 detentos são mantidos nas suas celas sem colchões. Sua aprovação é de cerca de 90%.
Em entrevista coletiva concedida após votar, Bukele pediu aos salvadorenhos que apoiassem com seu voto a continuidade do estado de exceção, para preservar as conquistas “da guerra” contra os grupos criminosos.
“É importante que votemos, para garantir que tenhamos uma Assembleia Legislativa que possa continuar aprovando o regime de exceção”, disse o presidente, a poucos minutos do fim da votação.
O partido dele organizou uma festa na principal praça de San Salvador, a capital do país.
Bukele rejeitou as críticas de organizações de direitos humanos ao regime de exceção (em vigor desde março de 2022), que apontam como “erro” a prisão de milhares de inocentes.
O presidente afirmou que todas as polícias do mundo prendem inocentes, e defendeu a taxa de encarceramento de El Salvador, a mais alta do mundo, alegando que o país era “a capital mundial dos homicídios”.
“O que está por vir para El Salvador é um período de prosperidade, porque não há mais impedimento para abrir um negócio, estudar, trabalhar. Já não há mais impedimento para o turismo”, acrescentou Bukele.
Diante das acusações de que instalou no país uma ditadura, o presidente negou que atente contra a democracia: “Não estamos substituindo a democracia, porque El Salvador nunca teve democracia. Pela primeira vez na História, El Salvador tem uma democracia, e não sou eu que digo isso, e sim o povo.”