A agência, que é o braço da ONU dentro da Faixa de Gaza, afirmou que os funcionários foram demitidos enquanto a investigação é feita.
“As autoridades israelenses forneceram à UNRWA informações sobre o suposto envolvimento de vários funcionários da UNRWA nos terríveis ataques a Israel em 7 de outubro”, disse Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA.
“Para proteger a capacidade da agência de prestar assistência humanitária, tomei a decisão de rescindir imediatamente os contratos desses funcionários e iniciar uma investigação para estabelecer a verdade sem demora“, disse Lazzarini também. “Essas alegações chocantes ocorrem no momento em que mais de 2 milhões de pessoas em Gaza dependem da assistência vital que a agência vem fornecendo desde o início da guerra”.
Por causa do suposto envolvimento dos funcionários, os Estados Unidos anunciaram que vão pausar provisoriamente verbas de fundos adicionais que vinha repassando para a UNRWA. O país foi um dos maiores doadores em 2022, bem como a Alemanha, União Europeia e Suécia.
Os norte-americanos já chegaram a afirmar que a capacidade de prestar assistência humanitária à população de Gaza está à beira do colapso.
A UNRWA tem fornecido ajuda e usado suas instalações para abrigar pessoas que fugiram de bombardeios e de uma ofensiva terrestre lançada por Israel em Gaza após os ataques de 7 de outubro, nos quais, segundo Israel, 1.200 pessoas morreram e 253 pessoas foram feitas reféns.
A ofensiva de Israel, por sua vez, devastou grande parte da Faixa de Gaza, densamente povoada, e matou mais de 25.000 palestinos.
A UNRWA, criada em 1949 após a primeira guerra árabe-israelense, oferece serviços que incluem educação, cuidados primários de saúde e ajuda humanitária aos palestinos em Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Síria e Líbano.