O porta-voz do governo israelense afirma que a UNRWA é uma fachada para o Hamas. A entidade está investigando se 12 de seus 13 mil funcionários estiveram envolvidos com os ataques do dia 7 de outubro.
Países anunciam paralisação de repasse a agência da ONU que cuida de refugiados palestinos após denúncias
Israel acusou nesta terça-feira (30) a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) de permitir que militantes do grupo terrorista Hamas usem suas instalações na Faixa de Gaza para realizar “atividades militares”.
Os Estados Unidos receberam um relatório sobre a participação dos 12 funcionários nos ataques terroristas do dia 7 de outubro e suspenderam o financiamento da UNRWA.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, prometeu responsabilizar “qualquer funcionário envolvido em atos de terror” e pediu para que os países não deixem de apoiar a UNRWA.
Novas acusações
O porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, afirmou que a UNRWA é uma fachada para o Hamas. “A agência foi comprometida de três maneiras: contratando terroristas em massa, deixando suas instalações serem usadas para atividades militares do Hamas e se apoiando no Hamas para a distribuição da ajuda na Faixa de Gaza”, disse ele.
Levy também afirmou que “cerca de 10% dos funcionários são membros do Hamas ou da Jihad Islâmica, e cerca de 50% são parentes de primeiro grau desses membros”, mas não apresentou provas para embasar essas informações. A agência de notícias AFP não pôde comprovar as afirmações.
A UNRWA foi criada em 1949. A entidade “não é neutra”, disse o porta-voz. A maioria dos funcionários da agência em Gaza são palestinos.