A investigação foi iniciada depois que a polícia identificou que clientes de 23 estados do país tiveram as contas bancárias invadidas e dinheiro furtado. A polícia acredita que os valores teriam sido usados pelos integrantes das quadrilhas para transferências e pagamentos de boletos de impostos, como ICMS e IPVA.
Ainda conforme a polícia, após autorização judicial, os bitcoins foram negociados a R$ 24.820,00, cada unidade. Ao final foi recuperado R$ 710.479,95. O dinheiro foi transferido para uma conta judicial.
A operação foi realizada pela delegacia, perícia criminalística e representantes da instituição financeira vítima.
Esquema
A polícia informou que conseguiu reconstituir em laboratório o programa utilizado pelos investigados para conseguir acessar as contas bancarias das vítimas, descobrindo 394.993 mil acessos de clientes (números de conta, agência e senhas).
“Algumas replicadas, de clientes que tiveram seus dados capturados por meio de diversas técnicas de invasão e sequestro de dados, mediante invasões de roteadores vulneráveis e engenharia social com envio de links maliciosos”, explicou a polícia.
Ainda segundo a polícia, dos sete mandados de prisões temporárias expedidos, todos foram devidamente cumpridos, sendo que os investigados respondem em liberdade. Porém, eles estão com as contas bancarias, aplicações financeiras, veículos e imóveis bloqueados.
Entenda
A Operação Ostentação foi deflagrada em maio deste ano contra uma quadrilha suspeita de invadir contas bancárias para desviar dinheiro. A operação é coordenada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos e realizada simultaneamente em Goiânia e Palmas.
Policiais cumprem cinco mandados de prisões temporárias e sete de busca e apreensão no Tocantins e em Goiás. Além do bloqueio de R$ 1 milhão das contas bancárias dos investigados e sete ordens de sequestros de imóveis e veículos de luxo – quando os bens são adquiridos com dinheiro ilícito.
A suspeita é de que os criminosos conseguiam infectar os computadores por meio de vírus e acessavam o internet banking de clientes para pegar os dados das vítimas. A operação é coordenada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos e realizada simultaneamente em Goiânia e Palmas.
Policiais cumprem mandados durante operação Ostentação — Foto: Divulgação