Recentemente Ednaldo foi reeleito com aclamação na Assembleia Geral em março

Fotos : Staff Images / CBF
O acordo que manteve Ednaldo Rodrigues na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está sendo colocado em xeque. Reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o documento agora é alvo de questionamentos após uma perícia apontar que uma das assinaturas presentes pode ser falsa. Diante disso, o Congresso Nacional quer ouvir Ednaldo, e a deputada federal Daniela do Waguinho (MDB-RJ), ex-ministra do Turismo no governo Lula, já pediu ao STF o afastamento imediato do dirigente.
Esse acordo previa o fim de todas as disputas judiciais entre os envolvidos e ainda estabelecia o compromisso de não abrir novos processos sobre a legalidade das assembleias realizadas nos dias 7 e 23 de março de 2022, que levaram à eleição de Ednaldo Rodrigues. Todos os signatários também se comprometiam a desistir de ações futuras que questionassem a validade dessas reuniões.
A suspeita gira em torno da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, o coronel Nunes, ex-vice-presidente da CBF e presidente interino da entidade em duas ocasiões. Segundo a perita Jacqueline Tirotti, as assinaturas atribuídas a ele nos documentos divergem do padrão original e não podem ser confirmadas como verdadeiras. A análise ainda aponta que o documento tem fragilidades: não possui rubricas nas páginas e elas não estão fixadas, o que abriria espaço para alterações no conteúdo.
A CBF ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. No entanto, independentemente do novo pedido de afastamento, o julgamento do processo no STF já tem data marcada: 28 de maio.