De acordo com trechos já divulgados, ele vai falar que rejeita “o rancor, a vingança e a revanche”, para fazer uma referência indireta ao seu provável adversário nas presidenciais de novembro, Donald Trump.
Biden vai dizer que defende “valores fundamentais que definem os EUA: honestidade, decência, dignidade, igualdade”.
Biden também anunciará um plano para que os militares dos Estados Unidos ajudem a estabelecer um porto temporário na costa de Gaza, aumentando o fluxo de ajuda humanitária para o território —sitiado em razão da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
A informação foi dada por autoridades da Casa Branca. O cais servirá para permitir mais embarques de alimentos, medicamentos e outros serviços essenciais.
O anúncio será feito no Estado da União, um discurso do presidente que ocorre todos os anos em uma sessão conjunta do Congresso americano. Nele, o chefe de Estado e de governo presta esclarecimentos aos parlamentares, militares e integrantes da Suprema Corte sobre a atual situação dos EUA e os planos e prioridades do ano.
Palestinos correm para resgatar itens de ajuda humanitária lançados por aviões na Faixa de Gaza, na sexta-feira (1º) — Foto: AFP
As autoridades, que falaram sob condição de anonimato para antecipar o anúncio, disseram que a operação não exigirá que tropas americanas estejam no terreno para construir o cais —mas não deram detalhes de como será a construção.
Trata-se de mais uma medida em que, na prática, o governo Biden contorna Israel, o seu principal aliado no Médio Oriente, para encontrar formas de levar ajuda a Gaza. Os EUA têm defendido um cessar-fogo na região até o Ramadã, um mês de oração para os muçulmanos, que começa no domingo (10).
Segundo a agência Reuters, mais de 38 mil refeições em 66 pacotes foram lançadas na região por meio de três aviões C-130, um dia após mais de 100 civis morrerem quando estavam em uma em fila por comida na região. Não há detalhes sobre o local de Gaza em que os lançamentos foram feitos.
EUA enviam sua 1ª ajuda humanitária por avião a Gaza
Cinco meses de combates entre Israel e o Hamas deixaram em ruínas grande parte da Faixa de Gaza controlada pelo grupo terrorista Hamas e levaram ao agravamento da catástrofe humanitária. Muitos palestinos lutam por alimentos para sobreviver.
Grupos de ajuda humanitária afirmaram que se tornou quase impossível entregar suprimentos na maior parte de Gaza devido à dificuldade de coordenação com os militares israelenses, às hostilidades em curso e ao colapso da ordem pública.