Enquanto subúrbios no sul da capital libanesa, como Dahyeh, são considerados reduto do grupo extremista Hezbollah, a região central de Beirute é conhecida por reunir uma população mais diversa, com a presença de cristãos e muçulmanos sunitas. Apesar disso, Israel tem expandido a área de seus ataques aéreos.
Os bombardeio prosseguem enquanto diplomatas lutam para mediar um cessar-fogo.
O Ministério da Saúde do Líbano disse que 63 pessoas ficaram feridas nos ataques de sábado, que foram o quarto no Centro de Beirute em menos de uma semana.
A escalada ocorre depois de o enviado dos EUA, Amos Hochstein, viajar para a região em busca de um acordo para encerrar meses de combates entre Israel e o Hezbollah, que se intensificaram em setembro passado.
Os ataques israelenses já mataram mais de 3.500 pessoas no Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde do país. Os combates deslocaram cerca de 1,2 milhão de pessoas, ou um quarto da população do Líbano. Do lado israelense, cerca de 90 soldados e quase 50 civis foram mortos em bombardeios no norte de Israel e nos combates.
Fotógrafo captura momento exato em que míssil atinge prédio no Líbano
Prédio de oito andares vira escombros
Os ataques às 4 da manhã no horário local destruíram um edifício de oito andares no centro de Beirute. O político do Hezbollah Amin Shiri disse que nenhum funcionário do seu partido estava lá dentro. O ataque destruiu as fachadas de alguns edifícios próximos e destruiu carros.
“A área é residencial, com edifícios habitados e ruas estreitas, tornando a situação desafiadora”, disse Walid Al-Hashash, socorrista da Defesa Civil Libanesa.
Os militares de Israel não emitiram comentários sobre as vítimas.
Ataque com drone no sul
Também neste sábado, um ataque de drone matou duas pessoas e feriu três na cidade portuária de Tiro, no sul do Líbano, de acordo com a agência de notícias estatal libanesa.
Mohammed Bikai, porta-voz do pártido palestino Fatah na área de Tiro, disse que os mortos eram refugiados palestinos do campo próximo de al-Rashidieh que estavam pescando.
Apesar de um aviso no mês passado do Exército de Israel para que a população civil evitasse a costa sul do Líbano, “não se pode dizer a alguém que precisa de comer que não se pode pescar”, disse Bikai.
O Ministério da Saúde disse que outros ataques aéreos mataram oito pessoas, incluindo quatro crianças, na cidade de Shmustar, no leste, outras cinco na aldeia de Roumin, no sul, e outras cinco pessoas na aldeia de Budai, no nordeste.