Com essas mortes, o número de mortes no Líbano já chega a pelo menos 1.356 desde a intensificação, em 23 de setembro, da campanha de bombardeios aéreos israelenses, seguida uma semana depois por incursões terrestres, de acordo com contagem da agência de notícias AFP baseada em dados oficiais.
Em comunicado nesta terça, as Forças de Defesa de Israel anunciaram que atacaram “mais de 230 alvos terroristas” ao longo de segunda, no Líbano, mas também em Gaza.
“A IDF continua a atividade operacional direcionada contra a infraestrutura terrorista do Hezbollah no sul do Líbano. As tropas da IDF eliminaram dezenas de terroristas em combate corpo a corpo e em ataques. Desmantelaram a infraestrutura terrorista do Hezbollah e localizaram grandes quantidades de armamento. (…) No último dia, em coordenação com tropas terrestres, a IAF atingiu mais de 200 alvos terroristas do Hezbollah no sul do Líbano e nas profundezas do Líbano, incluindo células terroristas, postos de mísseis antitanque e lançadores de mísseis”, anunciaram.
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Primeiro bombardeio ao norte do Líbano
Israel bombardeou a região de Aitou, um reduto de maioria cristã no norte do Líbano, nesta segunda-feira (14). Foi a primeira vez que as Forças Armadas israelenses alvejaram a região desde o início da guerra.
Segundo a Cruz Vermelha libanesa, 21 pessoas foram mortas no ataque, e quatro ficaram feridas.
O ataque atingiu uma casa que havia sido alugada para famílias desalojadas, disse o prefeito de Aitou, Joseph Trad, à agência de notícias Reuters.
Israel não comentou sobre o ataque em Aitou, mas diz que toma todas as precauções possíveis para evitar vítimas civis.
Nesta segunda, a Embaixada dos Estados Unidos no Líbano voltou a “encorajar fortemente” que seus cidadãos deixem o país “agora”, acrescentando que os voos que a embaixada organizou para tirá-los de Beirute não vão continuar indefinidamente.
Em um comunicado, as Forças de Defesa de Israel anunciaram, também nesta segunda, que mataram mais um comandante do Hezbollah: Muhammad Kamel Naeem, da Unidade de Mísseis Antitanque das Forças Radwan do Hezbollah.
Área bombardeada por Israel em Aitou, cidade no norte do Líbano de maioria cristã, em 14 de novembro de 2024. — Foto: Omar Ibrahim/ Reuters
Ataque com maior número de vítimas israelenses até agora
Em comunicado, o gabinete do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, revelou que ele conversou com o ministro da Defesa americano Lloyd Austin durante a madrugada desta segunda, “destacou a seriedade do ataque e a resposta forte que será dada ao Hezbollah” e informou que Israel responderá de maneira veemente ao ataque.
Esse foi o segundo ataque com drone na região em dois dias. No sábado, um drone atingiu um subúrbio de Tel Aviv, causando danos, mas sem deixar feridos.
O ataque deste domingo também coincidiu com o anúncio dos Estados Unidos sobre o envio de um novo sistema de defesa aérea para reforçar a proteção de Israel contra mísseis, o THAAD, altamente eficaz contra ameaças de curto e médio alcance. Embora seja utilizado para a defesa terrestre, o sistema também pode atingir alvos fora da atmosfera.