O general Braga Netto negou, neste sábado 23, o seu envolvimento na tentativa de uma trama golpista após as eleições de 2022 e ainda refutou a existência de um plano para matar o presidente Lula (PT), seu vice Geraldo Alckmin e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes.
Em suas redes sociais, o militar afirmou que parte da imprensa divulga a tese ‘fantasiosa e absurda’ de golpe dentro do golpe.
“Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém. Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de “golpe dentro do golpe”. Haja criatividade…”, escreveu Braga Netto.
O post também foi acompanhado de uma nota, assinada pela sua defesa, que nega o envolvimento do general no caso, apontado em inquérito da Polícia Federal, encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.
Em uma de suas passagens, o texto diz que, ao longo de sua trajetória, Braga Netto ‘sempre primou pela correção ética e moral na busca de soluções legais e constitucionais’.
Na sequência, a nota destaca a lealdade do ex-ministro da Defesa e Casa Civil ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Durante o governo passado foi um dos poucos, entre civis e militares, que manteve a lealdade ao presidente Bolsonaro até o final do governo, em dezembro de 2022, e a mantém até os dias atuais por crenças nos mesmos valores e princípios inegociáveis’.
A defesa do general afirma que o caso se trata de ‘ilação’ e ‘suposição’ fora do contexto do inquérito legal.
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por crimes contra o Estado Democrático de Direito no bojo do inquérito que apura a articulação pró-golpe para impedir a posse de Lula (PT) e manter o ex-capitão no poder. O relatório da investigação foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira 21. Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se pede novas diligências, denuncia os investigados ou solicita o arquivamento do caso.