Forças especiais ainda não conseguiram libertar funcionários de presídios, sequestrados desde domingo (7), quando governo começou caça por líder de facção que fugiu da cadeia. País decretou estado de exceção, e 16 pessoas morreram em conflitos e explosões.
Desde que a crise começou, na segunda-feira (8), o sequestro de agentes que trabalham em presídios foi uma das primeiras ações dos criminosos, em retaliação ao governo equatoriano, que enviou milhares de policiais para caçar Adolfo Macías, conhecido como Fito e líder da facção criminosa Los Choneros, que fugiu da prisão no domingo (7).
Segundo um balanço divulgado nesta quinta-feira pelo governo, 39 funcionários de presídios foram sequestrados ao longo da quarta-feira (10). No total, 178 agentes estavam em poder dos bandidos até a tarde de quinta-feira, segundo o relatório.
De acordo com o órgão que administra os presídios, os bandidos impedem a entrada de forças especiais com intensos disparos e bombas.
O Equador vive desde domingo uma onda de violência que já deixou 16 mortos. Cidades como a capital, Quito, e Guayaquil, registraram explosões, tiroteios, carros queimados e sequestros de civis, entre eles o brasileiro Thiago Allan Freitas, de 38 anos, que vive no país.
Crise
A crise de segurança que atinge o Equador começou após a fuga do líder dos Los Choneros, uma das facções criminosas mais temidas do país, da prisão onde cumpria uma pena de 34 anos.
O presidente, Daniel Noboa, declarou estado de exceção e colocou o Exército nas ruas para lutar contra facções e cartéis.