Entre os cerca de 30 países que desejam ingressar no novo grupo estão Venezuela, Nicarágua, Bolívia, Cuba, Turquia, Nigéria, Marrocos e Argélia.
Segundo o blog da Daniela Lima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou ao seu time de articulação internacional que o Brasil deverá se posicionar contra o ingresso da Venezuela no Brics.
Questionado sobre um possível veto à entrada da Venezuela, Celso Amorim disse que o Brasil quer que o Brics seja “um grupo com peso para formar um mundo mais multipolar e mais pacífico”.
Para ele, “a entrada de certos países, como a Turquia, por exemplo, que está próxima a conflitos no Oriente Médio e pode ser um ator importante na busca pela paz, certamente contribui para isso.”
Amorim completou dizendo que “a entrada de outros países contribui menos”. O ex-chanceler, porém, não especificou se, neste momento específico, ao contrário de antes, falava sobre a Venezuela.
Fontes da diplomacia foram na mesma linha e destacaram que as discussões, neste momento, ainda caminham no sentido de observar quais países cumprem critérios para o que o Brics busca.
No caso da entrada da Nicarágua, Celso Amorim teve uma resposta mais enfática. De forma direta, declarou que o Brasil não considera a entrada.
Em agosto, as relações entre o Brasil e a Nicarágua foram afetadas, após o governo nicaraguense decidir expulsar o embaixador brasileiro, Breno Souza da Costa, como retaliação à ausência do Brasil nas celebrações dos 45 anos da Revolução Sandinista.
Aplicando o princípio da reciprocidade na diplomacia, o governo brasileiro mandou embora a embaixadora da Nicarágua em Brasília, Fulvia Matu.