A CIA, agência de espionagem dos Estados Unidos, demitiu nesta semana uma mulher que afirmou que em 2022 sofreu um abuso em uma escada na sede do órgão nos EUA, de acordo com uma reportagem da agência de notícias Associated Press desta quinta-feira (8).
O nome da mulher não foi revelado. O advogado dela, Kevin Carroll, disse que a demissão é uma retaliação pela denúncia.
A CIA afirma que a denúncia da mulher não era precisa e afirmou que a agência não tolera abuso ou assédio sexual e não faz retaliações contra denunciantes.
De acordo com a agência de notícias AP, esse caso foi o primeiro de mais de 20 denúncias de mulheres que trabalham na CIA com histórias parecidas.
Uma mulher afirmou que o chefe, um gerente sênior da CIA, apareceu na casa dela armado exigindo que ela transasse com ele. Mas há casos menos graves, como o de uma denunciante que afirmou ter recebido um comentário grosseiro sobre fantasias sexuais em um happy-hour
‘Piada que deu errado’
A mulher disse que em 2022 ela estava em uma escadaria da sede da CIA quando Ashkan Bayatpour, um ex-agente de inteligência da Marinha dos EUA, puxou o cachecol dela, fazendo com que o tecido apertasse o pescoço, e tentou beijá-la.
Em um depoimento, ela afirmou que o homem fez uma expressão facial que indicava que ele queria machucá-la.
Bayatpour, o acusado, disse que realmente apertou o cachecol no pescoço da mulher na escadaria, mas que foi uma brincadeira durante uma caminhada de 40 minutos. O advogado dele afirmou que foi uma piada que deu errado.
O homem foi condenado por agressão –ele teve que cumprir pena de seis meses em liberdade condicional e teve que entregar suas armas de fogo.
A CIA o manteve empregado durante alguns meses, mas depois o demitiu.