Além de ter a pena aumentada para oito anos, o policial foi expulso da corporação e continua preso

TJGO agrava pena de policial condenado por homicídio e determina perda do cargo (Foto: ilustração Freepik)
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) aumentou a pena de um policial militar condenado por homicídio e determinou sua exclusão imediata da PM de Goiás. A decisão atendeu a um recurso do Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial no Controle Externo da Atividade Policial e na Segurança Pública (Gaesp) e da 5ª Promotoria de Justiça de Senador Canedo.
Com a nova decisão, Paulo Márcio Tavares, que havia sido condenado a seis anos de prisão, teve sua pena aumentada para oito anos. Além disso, ele perdeu o cargo de policial militar.
Crime ocorreu durante abordagem policial
O caso aconteceu no dia 25 de novembro de 2017, próximo a um posto de gasolina em Senador Canedo. Na ocasião, policiais militares, incluindo Paulo Márcio e Gilmar Alves dos Santos, perseguiam um carro roubado que estava em fuga. Dentro do veículo estava Marco Antônio Pereira de Brito, apontado como autor do roubo, e Tiago Ribeiro Messias, que teria sido feito refém.
Segundo a denúncia, após cercar o veículo, os policiais começaram a atirar e continuaram mesmo quando o carro já havia parado. Imagens de câmeras de segurança mostraram que, depois do crime, um dos policiais teria arrastado o corpo de uma das vítimas e disparado contra o para-brisa do carro, tentando simular um confronto. No relatório oficial, os PMs omitiram essas informações e alegaram que foram recebidos a tiros.
Julgamento e condenação
No primeiro julgamento, Gilmar foi absolvido e Paulo Márcio condenado por homicídio simples contra Tiago, com pena inicialmente fixada em seis anos, depois reduzida para quatro. O Ministério Público recorreu e conseguiu que a pena fosse aumentada para oito anos, além da determinação da perda do cargo militar.
A decisão foi tomada pela Primeira Turma Julgadora da Primeira Câmara Criminal do TJGO, com voto do relator, desembargador Itaney Francisco Campos. A investigação segue como um caso de violência policial e irregularidade na conduta dos agentes envolvidos.
O Mais Goiás não localizou a defesa de Paulo Márcio até o fechamento desta, o espaço permanece aberto para manifestações.
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