Situada na Rua Aquiles de Pina, imóvel se destaca por preservar elementos clássicos em meio à malha urbana
Davi Galvão –
Já com 116 anos de existência, Anápolis é uma cidade que carrega consigo uma grande história, com toda essa jornada podendo ser observada, inclusive, nas casas e prédios que fazem parte do município.
Quem passa pela Rua Aquiles de Pina consegue perceber esse fato, em particular, por conta de um casarão icônico, que no meio da malha urbana, entre tantas tecnologias, se destaca com uma arquitetura antiga, simples e, principalmente, esbelta.
A casa se trata da antiga morada da já falecida Dona Consuelo Silva, filha do ex-promotor de Justiça e, também falecido, Lindolfo Pereira da Silva.
As informações são do pesquisador da história do município e administrador do perfil @anapolisnarede, Claudiomir Gonçalves que, em entrevista ao Portal 6, forneceu mais detalhes acerca da tão misteriosa construção.
Conforme o historiador, a data oficial de construção do casarão ainda é uma incógnita, mas ele garante que o imóvel foi erguido em 1906, ou até mesmo antes.
Isso faz com que o local seja a segunda casa mais antiga da cidade que permanece de pé, ficando atrás apenas do Museu Histórico Alderico Borges de Carvalho.
Apesar de toda essa história, o pesquisador afirmou que a casa está em inventário e corre o risco de ser demolida, em um futuro próximo.
Em um vídeo, publicado nas redes sociais, Claudiomir mostra imagens do local, que foram o bastante para despertar memórias em diversos internautas, com um, em especial, demonstrando realmente ter passado bastante tempo com a antiga moradora.
“Essa deveria ser tomada como patrimônio, imóvel lindíssimo por fora e por e dentro, na minha infância frequentei muito essa casa. Com piso todo no taco de madeira, uma cozinha lindíssima, um jardim e uma “pracinha” interna maravilhosa, sensacional. E, diga-se de passagem, dona Consuelo fazia os melhores amanteigados do mundo”, comentou.
“Os chás da tarde com ela eram simplesmente enriquecedores, eram alimentados corpo, alma e Espírito, o relógio badalo no fim do corredor anunciava que era de sentar e ter um momento com Deus”, finalizou, em tom saudoso.
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