O diretor da agência de inteligência, Cho Tae-yong, disse em uma reunião a portas fechadas de um comitê parlamentar que apura que seus descobriu que a Coreia do Norte havia enviado mais 1.500 soldados à Rússia, segundo os legisladores Park Sunwon e Lee Seong Kweun, que participaram da reunião.
Além disso, os políticos também disseram a jornalistas que a Coreia do Norte teria prometido enviar um total de cerca de 10 mil soldados à Rússia até dezembro. Segundo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, seu governo também tem informações de inteligência sobre 12 mil tropas norte-coreanos sendo preparadas para se juntar às forças russas.
Uma autoridade graduada do gabinete do presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, disse que está preparando medidas diplomáticas, econômicas e militares em vários cenários de cooperação militar entre Pyongyang e Moscou, incluindo o fornecimento de armas letais à Ucrânia se a situação piorar.
“Consideraríamos o fornecimento de armas para fins defensivos como parte dos cenários passo a passo e, se parecer que eles estão indo longe demais, também podemos considerar o uso ofensivo”, disse o funcionário presidencial aos repórteres.
O comentário foi feito depois que o Conselho de Segurança Nacional da Coreia do Sul realizou uma reunião de emergência para explorar suas respostas sobre os crescentes laços militares da Coreia do Norte com a Rússia.
O conselho disse que Pyongyang está agindo como uma “organização criminosa” ao enviar jovens para lutar como “mercenários da Rússia”, enquanto ignora o sustento de seu povo e os direitos humanos em casa.
“Nosso governo exigiu a retirada imediata das tropas norte-coreanas e, se o atual conluio militar entre a Coreia do Norte e a Rússia continuar, não ficaremos parados e responderemos com firmeza junto com a comunidade internacional”, afirma comunicado.
A autoridade graduada disse que uma equipe de funcionários de Inteligência e Defesa visitará a sede da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) “nos próximos dias”, depois que o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, pediu ao presidente Yoon, durante um telefonema nesta segunda-feira (21), que enviasse uma delegação para aumentar o compartilhamento de informações.
Seul, um dos principais produtores de armas do mundo, tem sofrido pressão de alguns países ocidentais e de Kiev para fornecer armas letais à Ucrânia, mas até agora tem se concentrado em ajuda não letal, incluindo equipamentos de remoção de minas.
Tanto a Rússia quanto a Coreia do Norte negaram a transferência de armas, mas se comprometeram a aumentar os laços militares.