Para a polícia, a mulher alegou que espancou a filha e agrediu o bebê por ser nervosa
As duas crianças, a menina de 3 anos e o bebê tinham lesões atuais e antigas por espancamento (Divulgação PCGO)
Uma mulher de 29 anos foi presa suspeita de torturar e espancar a filha, de apenas três anos, por ter sumido uma escova de cabelo, em Bela Vista de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. O caso foi registrado nesta terça-feira (15/4). De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), a menina foi agredida com um cabo de vassoura até que ela desmaiasse.
Segundo a corporação, a suspeita se irritou com o item perdido e partiu contra a filha. A criança apresentava ferimentos graves, incluindo marcas de chinelo nas costas, ferimentos no rosto e na orelha. Na casa, agentes encontraram outro filho da suspeita, de 1 ano, com lesão no rosto.
A denúncia foi feita de forma anônima ao Conselho Tutelar da região, que encaminhou a menina para atendimento médico e acionou a Polícia Civil. Ao serem informados da gravidade dos ferimentos, os policiais foram até a casa da mulher e efetuaram a prisão em flagrante. No local, confirmaram a presença do segundo filho, que também estava em situação de vulnerabilidade.
As informações reunidas pela equipe indicam que não se trata de um episódio isolado. As marcas antigas no corpo da criança apontam para agressões recorrentes. A suspeita foi encaminhada à delegacia, onde admitiu as agressões e afirmou que agiu por nervosismo. Para a polícia, a justificativa reforça a hipótese de um histórico de maus-tratos dentro da casa.
Mãe pode responder por tortura qualificada
Se os maus-tratos forem conprovados, a mulher pode responder por tortura qualificada contra a filha de três anos e por lesão corporal no caso do filho de um ano. A pena pelos crimes pode ultrapassar dez anos de prisão.
As crianças ficaram sob responsabilidade do Conselho Tutelar, que agora busca parentes que possam assumir a guarda dos irmãos. A menina, devido à gravidade dos ferimentos, foi transferida para Goiânia para realização de exames complementares. O caso segueh em investigação.
