Cerca de 25 milhões dos 61 milhões de eleitores participaram, o que representa uma taxa de 41%, disse o ministro do Interior, Ahmad Vahidi, em uma coletiva de imprensa.
Campanha pela abstenção
Comerciantes fecham as portas em apoio à onda de protestos no Irã
Diversos candidatos moderados ou reformistas foram desqualificados das eleições.
A principal coalizão de partidos reformistas, a Frente Reformista, anunciou que não participaria de “eleições sem sentido”, depois que vários de seus candidatos foram desqualificados.
Por essas causas, o principal desafio para o governo nessas eleições era justamente a participação, e as pessoas contrárias ao regime fizeram campanha pela abstenção.
Parlamento controlado por ultraconservadores
Devido ao boicote, o próximo Parlamento estará amplamente sob controle dos partidos conservadores e ultraconservadores, movimentos governistas do presidente Ebrahim Raisi, eleito em 2021.
Os iranianos votaram para eleger 290 deputados do Parlamento e 88 membros da Assembleia de Peritos, responsável pela nomeação do guia supremo.
O número de deputados reformistas ou centristas será de 45, segundo estimativas de jornais moderados. A maioria apoia uma linha rígida sobre os valores da República Islâmica e uma posição firme com os países ocidentais, particularmente os Estados Unidos e Israel, que não mantêm relações diplomáticas com o Irã.
Para 45 das 290 cadeiras será necessário um segundo turno, que será realizado em abril ou maio.
A Assembleia de Peritos, composta por 88 clérigos, também será dominada pelos conservadores. Espera-se que este órgão desempenhe um papel fundamental no processo de nomeação do próximo líder supremo.