O jornal francês Le Figaro indica que ele foi o “escultor do jogo bonito”. Em ampla homenagem a Zagallo, o diário diz que “o seu nome traz mais de 50 anos de história do futebol brasileiro”, do qual foi “mestre”.
A morte ocupa a manchete do site do jornal esportivo L’Équipe, sob o título “o Velho Lobo se deitou”. “Um ano depois da morte do Rei Pelé, outra lenda brasileira apagou-se”, informa o texto, antes de descrever a carreira de sucesso do ex-craque e técnico, iniciada no Rio de Janeiro, no Botafogo.
“Zagallo gozava de uma enorme popularidade junto aos torcedores, que gostavam da sua franqueza e do seu patriotismo”, indica L’Équipe. “Se Pelé ficará para sempre como um ícone do futebol no Brasil e além, ninguém terá melhor servido à Seleção do que Mario Zagallo”, conclui o L’Équipe.
O jornal espanhol Marca destaca na capa o falecimento “do maior campeão da história dos Mundiais”.
“O ‘Velho Lobo’ parou de uivar neste sábado, 6 de janeiro, mas algumas de suas frases em vídeo já foram eternizadas no futebol brasileiro: ‘Vocês vão ter que me engolir’, ‘Sexo nessa idade é normal’, ‘Aí sim fomos surpreendidos novamente’, ‘A Holanda é muito tico-tico no fubá, que nem o América dos anos 1950′”, relembra o jornal espanhol.
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A emissora americana Sky News também traz detalhes curiosos da carreira da “lenda”, entre eles o fato de que o brasileiro era “muito supersticioso”: “ele acreditava que o número 13 lhe trazia sorte: casou-se num dia 13 e chegou a brincar que deixaria o futebol às 13h no dia 13 de julho de 2013”, conta o texto.
O britânico Telegraph explica que essa crença vem do ano de nascimento do ex-craque, 1931. “Ele sempre sublinhou que havia uma relação, mesmo que por coincidência, entre o 13 e o seu sucesso no futebol”, diz a reportagem. “Zagallo teve participação em todos os principais eventos da história do futebol brasileiro.”
Zagallo foi o único a participar de quatro das cinco Copas do Mundo vencidas pelo Brasil: dois títulos como jogador e dois como treinador e assistente técnico.
No mundo, apenas dois profissionais ganharam a Copa do Mundo como jogador e treinador: o alemão Franz Beckenbauer e o francês Didier Deschamps.
Como ponta-esquerdo, ao lado do ‘Rei’ Pelé, o ‘Velho Lobo’ fez parte da Seleção Brasileira que conquistou as Copas de 1958 e 1962. Além disso, foi o treinador do Brasil no título de 1970, assistente técnico no tetra, em 1994, e técnico no Mundial de 1998, que terminou com a derrota brasileira para a França na final.