Rudy Giuliani, ex-advogado pessoal do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, aceitou entregar seu carro Mercedes-Benz, anéis e relógios de luxo como parte de uma condenação da Justiça dos EUA.
Os bens foram entregues por Giuliani neste sábado (16) à Justiça para compensar duas agentes eleitorais que ele havia difamado.
No mês passado, um juiz federal de Nova York ordenou que Giuliani cedesse parte de seu patrimônio para compensar as duas agentes eleitorais, identificadas como Ruby Freeman e Wandrea Moss, por difamação.
Giuliani foi condenado a pagar uma indenização de US$ 148 milhões (cerca de R$ 858 milhões) a elas, mas declarou falência logo após a sentença. O juiz determinou então a entrega dos bens, que agora terão seu valor avaliado e serão leiloados até que alcancem o valor.
A partir de um vídeo que mostrava as duas mulheres trocando um objeto durante a contagem de votos no estado-chave da Geórgia durante a votação em 2020, Giuliani alegou na ocasião que elas estavam trocando um pen drive, “como se fosse heroína ou cocaína”, com o objetivo de manipular os resultados.
Mais tarde, provou-se que o objeto era uma uma pastilha de menta. Em 2020, Trump perdeu a eleição no estado para o atual presidente, Joe Biden. O próprio republicano alegou que houve fraude na Géorgia e também responde a processo por isso.
Entre os bens que Giuliani deve entregar estão seu luxuoso apartamento em Nova York, um Mercedes-Benz de 1980, joias, diversos relógios de luxo e outros itens de coleção, como uma camisa assinada pela lenda do beisebol Joe DiMaggio.
Em uma carta enviada na sexta-feira ao juiz do caso, o advogado de Giuliani informou que ele havia começado a cumprir a determinação, entregando parte dos bens. Mas pediu que outra parte fosse poupada, como a camisa de beisebol.
Rudy Giuliani foi um dos principais aliados do ex-presidente republicano Trump na tentativa de invalidar os resultados das eleições presidenciais de 2020, vencidas pelo democrata Joe Biden.
Rudolph Giuliani, ex-advogado de Trump e ex-prefeito de Nova York, se entrega à Justiça do estado da Geórgia