País na África setentrional, no norte do continente, é ex-colônia francesa. Países extinguiram acordo de cooperação em defesa contra militantes islâmicos no final de novembro.
Soldados franceses durante exercício matutino na base militar em N’Djamena, capital do Chade, em 26 de outubro de 2014. — Foto: REUTERS/Emma Farge/File Photo
A França iniciou a retirada de suas forças militares do Chade, no norte da África, após aviões de guerra baseados na capital N’Djamena retornarem para casa nesta terça-feira (10), informou o exército francês, apenas duas semanas após as autoridades locais anunciarem o fim da cooperação em defesa.
Em uma decisão que surpreendeu os oficiais franceses, o governo do Chade –um aliado-chave do Ocidente na luta contra militantes islâmicos na região– encerrou abruptamente seu pacto de cooperação em defesa com a França em 28 de novembro.
As modalidades dessa retirada e se alguma tropa francesa permanecerá no país africano ainda precisam ser acordadas, mas nesta terça-feira os primeiros aviões de guerra, dois caças Mirage 2000-D, retornaram à sua base no leste da França.
“Isso marca o início do retorno do equipamento francês estacionado em N’Djamena”, disse o porta-voz do exército, coronel Guillaume Vernet.
A França já retirou suas tropas de Mali, Burkina Faso e Níger, após os golpes militares nesses países da África Ocidental e o crescente sentimento anti-francês.
A partida do Chade marca o fim de décadas de presença militar francesa na região do Sahel e, mais recentemente, coloca fim às operações militares francesas diretas contra militantes islâmicos na região.
A França ainda mantém cerca de mil tropas no Chade. Vernet disse que um calendário para reduzir suas operações ainda levaria várias semanas para ser finalizado entre os dois países.