O gabinete do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi alvo de uma operação policial nesta quarta-feira (11), pelo horário local, informou a Reuters com base na agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Além disso, os dois mais altos oficiais da polícia da Coreia do Sul foram detidos para investigação sobre seus papéis na execução do decreto de lei marcial do presidente na semana passada, disseram autoridades policiais nesta quarta-feira, conforme a Associated Press (AP).
A polícia informou que o Comissário Geral da Agência Nacional de Polícia, Cho Ji Ho, e Kim Bong-sik, chefe da agência policial metropolitana de Seul, estão sendo mantidos na estação de polícia de Namdaemun, que fica na capital.
Eles estão sendo investigados por seus papéis no envio de forças policiais para a Assembleia Nacional, numa tentativa de impedir que os parlamentares entrassem no parlamento para votar pela revogação do decreto de lei marcial de Yoon, que foi anunciado de forma repentina na noite de 3 de dezembro.
A Assembleia também foi cercada por tropas fortemente armadas, que, segundo comandantes militares, foram enviadas sob ordens do ex-ministro da Defesa, Kim Yong-yun, que está preso.
No entanto, parlamentares conseguiram entrar no parlamento e rejeitaram de forma unânime o decreto de Yoon, forçando o gabinete a revogá-lo antes do amanhecer de 4 de dezembro.
A tentativa mal concebida de Yoon de ampliar seus poderes paralisou a política da Coreia do Sul, congelou a política externa e abalou os mercados financeiros, reduzindo drasticamente suas chances de concluir o mandato de cinco anos.
Após a falha da moção de impeachment na semana passada, o líder do partido conservador de Yoon prometeu organizar sua saída estável do poder, dizendo que Yoon será afastado de suas funções durante a transição para uma eleição antecipada.
No entanto, os planos foram apontados como irrealistas e inconstitucionais, informou a AP. A constituição afirma explicitamente que o impeachment é o único método para suspender os poderes presidenciais e que a autoridade para comandar o exército reside exclusivamente no presidente.
Com apoio de governistas, presidente da Coreia do Sul escapa de impeachment