Pelo menos 73 palestinos, incluindo muitas mulheres e crianças, foram mortos em ataques de Israel que atingiram vários edifícios e casas na cidade de Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza, neste sábado (19), segundo o gabinete de mídia do Hamas.
Medhat Abbas, um alto funcionário do Ministério da Saúde de Gaza, vinculado ao grupo extremista palestino, afirma que dezenas de pessoas também ficaram feridas e ainda há desaparecidos.
Médicos dizem que os bombardeios atingiram um prédio de vários andares e danificaram várias casas próximas.
“Esta é uma guerra de genocídio e limpeza étnica. A ocupação conduziu um massacre horrível em Beit Lahiya”, disse o escritório de mídia do Hamas.
Em comunicado, as Forças de Defesa israelenses afirmam que estão verificando os relatos de vítimas, mas que uma análise preliminar sugere que os números do Hamas foram exagerados e não correspondem à realidade.
“Os números publicados pelo Escritório de Informações Governamentais do Hamas em Gaza são exagerados e não se alinham com as informações mantidas pela IDF, as munições precisas usadas e a precisão do ataque a um alvo terrorista do Hamas. A IDF continua a examinar e pede à mídia que aja com cautela sobre informações divulgadas por fontes do Hamas, pois elas provaram ser extremamente não confiáveis em incidentes anteriores. Enfatizamos que a área em questão é uma zona de guerra ativa. A IDF está operando com precisão e está fazendo todo o possível para evitar causar danos a civis”, afirma o texto.
Famílias que estavam em escola que servia de abrigo para deslocados receberam ordens para evacuar o local — Foto: Omar AL-QATTAA / AFP
Os bombardeios israelenses atingiram Jabalia e Shati, no norte, além de Al-Maghzai e Nuseirat, na região central de Gaza, e Khan Younis e Rafah, no sul.
Moradores e autoridades médicas dizem que as forças israelenses estão bombardeando casas e sitiando hospitais, impedindo a entrada de suprimentos médicos e alimentares para forçá-los a deixar o acampamento.
“Os hospitais no norte de Gaza sofrem com a escassez de suprimentos médicos e mão de obra e estão sobrecarregados pelo número de vítimas. Agora estamos tentando decidir quem entre os feridos precisamos atender primeiro, e vários feridos morreram porque não conseguimos lidar com eles”, denunciou o médico Hussam Abu Safiya à agência de notícias Reuters.
Imagens de satélite mostram antes e depois do bombardeio em Jabalia, na Faixa de Gaza