Safieddine, que era primo de Nasrallah, estaria incomunicável desde bombardeios no Líbano ocorridos no início do mês, segundo as Forças de Defesa de Israel. Não está claro, porém, quando ele morreu.
Segundo o governo libanês, 28 pessoas morreram no Líbano devido aos bombardeios israelenses nas últimas 24 horas. O total de mortos desde o começo dos conflitos seria 2.574.
Quem era Safieddine
Safieddine era da mesma família que Nasrallah e comandava o conselho executivo do grupo extremista, que cuidava de assuntos financeiros e administrativos, antes dos ataques israelenses contra o Líbano. Ele também participava do conselho da Jihad, responsável pelas atividades militares do Hezbollah.
Hashem Safieddine discursando em funeral de membro do Hezbollah em julho de 2024 — Foto: REUTERS/Aziz Taher
Safieddine assumiu um papel mais proeminente no grupo ao falar em nome do Hezbollah durante o último ano de troca de agressões com Israel, em funerais e outros eventos que Nasrallah costumava evitar por razões de segurança.
Ele foi a primeira autoridade do Hezbollah a falar em público depois que o Hamas, aliado palestino do grupo, atacou o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, desencadeando a guerra em Gaza que levou o grupo libanês a um conflito paralelo contra Israel.
Safieddine, que vem de uma proeminente família xiita libanesa, nasceu no sul do país, uma região predominantemente xiita. Ele estudou em seminários religiosos na cidade iraniana de Qom antes de regressar ao Líbano na década de 1990 para assumir responsabilidades de chefia no grupo.
Ele manteve fortes laços com os apoiadores do Hezbollah no Irã. Seu filho, Rida, é casado com a filha do general iraniano Qassem Soleimani, chefe da Força Quds da Guarda Revolucionária do Irã morto por um ataque de drone dos EUA em Bagdá em 2020. Seu irmão, Abdullah, atua como representante do Hezbollah em Teerã.
Possível novo chefe
Imagem mostra o número 2 do Hezbollah, Naim Qassem, durante discurso em 15 de outubro de 2024 — Foto: AFP
Outra figura cotada para assumir o comando do grupo extremista era Naim Qassem. Antes vice-chefe — e apontado como chefe interino há um mês —, foi ele que fez os discursos televisionados desde a morte de Nasrallah.
“Ninguém deve achar que nós abandonaremos nossas posições ou baixaremos as armas”, declarou Qassem. “Gostaria de tranquilizá-los. Nossas capacidades estão boas e o que o inimigo disse sobre nossas capacidades serem afetadas é uma ilusão.”
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