Entre as manifestações estão dos Estados Unidos, do Reino Unido e da missão iraniana na Organização das Nações Unidas (ONU).
Até a última atualização desta reportagem, os drones ainda não tinham alcançado o território israelense.
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Segundo a Casa Branca, o Estados Unidos apoiam de forma irrestrita Israel e o povo de Israel, bem como a sua defesa contra ameaças do Irã.
O comunicado também informa sobre a reunião do presidente americano Joe Biden com dirigentes do Conselho de Segurança Nacional para discutir os acontecimentos no Oriente Médio. E menciona ainda que os EUA estão em contato com autoridades israelenses.
Já o primeiro ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, condenou o ataque e o classificou como “imprudente”.
“O Irã demonstrou mais uma vez que pretende semear o caos em seu próprio quintal. O Reino Unido continuará a defender a segurança de Israel e de todos os nossos parceiros regionais, incluindo a Jordânia e o Iraque. Juntamente com os nossos aliados, estamos trabalhando urgentemente para estabilizar a situação e evitar uma nova escalada. Ninguém quer ver mais derramamento de sangue”, escreveu na rede social X, antigo Twitter.
Para a missão, os Estados Unidos deve permanecer distantes do conflito, pois se trata de um conflito entre Irã e Israel. “O assunto pode ser concluído. Contudo, se o regime israelense comete outro erro, a resposta iraniana será consideravelmente mais severa”, afirmou.
Ataque
Segundo o Canal 12, de Israel, o Irã lançou dezenas de drones e mísseis, num total de cerca de cem artefatos. Alguns teriam sido derrubados pelas Forças israelenses quando sobrevoavam a Síria e a Jordânia – antes, portanto, de chegarem ao espaço aéreo do país. A previsão é que os drones cheguem a Israel às 20h deste sábado (ou 2h da madrugada deste domingo no horário local). As IDF afirmam que foram mais de cem drones, mas não falou sobre o número de mísseis.
Trata-se de uma retaliação depois de um bombardeio no dia 1º de abril contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria, em que um comandante sênior das Guardas Revolucionárias do Irã foi morto. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, disse que “os avisos necessários foram dados aos Estados Unidos” sobre o ataque de retaliação. Após o Irã colocar os drones no ar, a Casa Branca afirmou que o ataque vai se desenrolar durante horas.
Três fontes da agência de notícias Reuters no Iraque afirmaram que viram mais de 20 drones voando na região de Sulaymaniya vindos da direção do Irã.
Segundo o Flightradar, um site que monitora a aviação, os espaços aéreos de Israel, Jordânia, Iraque e Líbano estão fechados.
O que se sabe sobre o ataque do Irã
- O Irã enviou drones para atacar o território de Israel neste sábado.
- Os drones podem demorar horas para chegar até o alvo.
- Pessoas no Iraque, país vizinho do Irã que fica no caminho para Israel, afirmam que viram mais de 20 drones nos ares.
- As forças de defesa israelenses afirmaram que estão preparadas para o ataque.
- O ataque é uma retaliação do Irã contra Israel: em 1º de abril, a embaixada iraniana na cidade de Damasco, na Síria, foi atingida, e sete pessoas morreram —entre elas, um comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã.
As IDF afirmaram que estão em alerta máximo e monitoram constantemente a situação operacional. “O conjunto de defesa aérea está em alerta máximo, juntamente com os caças e os navios da Marinha israelense que estão em missão de defesa no espaço aéreo israelense. As IDF estão monitorando todos os alvos”, diz a nota.
No fim, elas pedem para que as pessoas em Israel sigam instruções do comando e os anúncios oficiais das forças.
Antes mesmo do ataque, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que Israel estava de prontidão para um ataque direto do Irã e que responderia da mesma forma.
“Nossos sistemas de defesa estão em prontidão e estamos preparados para qualquer cenário”, disse ele.
Daniel Hagari, o porta–voz das Forças de Defesa de Israel, afirmou que o país está se defendendo com toda sua força e que essa é uma missão que eles estão determinados a cumprir.
O ministro de Defesa do Irã, Mohammad Reza Ashtiani, afirmou que eles vão atacar qualquer país que abrir seu espaço aéreo para Israel poder retribuir contra o território iraniano.
Israel já vinha se preparando há dias
O país já estava se preparando e “monitorando de perto um ataque planejado” de Irã ou um de seus grupos aliados há dias, disse o ministro da Defesa israelense Yoav Gallant.
Segundo autoridades israelenses, após o Irã prometer responder ao bombardeio israelense à embaixada iraniana na Síria, que matou comandantes da Guarda Revolucionária, um ataque era considerado iminente.
Gallant disse ainda que as tropas israelenses devem acatar quaisquer ordens que possam ser emitidas pelo Comando da Frente Interna militar, que mapeia mísseis recebidos e outras ameaças aéreas para que o público saiba se deve se abrigar.
O comando da Frente Interna das Forças de Defesa (IDF, em inglês) de Israel proibiu reuniões de mais de 1.000 pessoas em todo o país.