As sirenes dos locais que vão ser atingidos vão soar, e o sistema de defesa israelense está de prontidão, de acordo com pessoas do exército –já há aeronaves israelenses posicionadas.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, confirmou a informação.
Três fontes da agência de notícias Reuters no Iraque afirmaram que viram drones voando na região de Sulaymaniya vindos da direção do Irã.
Trata-se de uma retaliação contra um bombardeio no dia 1º de abril contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria, em que um comandante sênior das Guardas Revolucionárias do Irã foi morto.
Antes mesmo do ataque, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que Israel estava de prontidão para um ataque direto do Irã e que responderia da mesma forma.
“Nossos sistemas de defesa estão em prontidão e estamos preparados para qualquer cenário”, disse ele.
País já vinha se preparando há dias
O país já estava se preparando e “monitorando de perto um ataque planejado” de Irã ou um de seus grupos aliados há dias, disse o ministro da Defesa israelense Yoav Gallant.
As forças estão em “alerta máximo” e dezenas de aviões foram lançados e estão de prontidão em caso de ataque, disse o porta-voz do comando militar israelense Daniel Hagari.
Gallant disse ainda que as tropas israelenses devem acatar quaisquer ordens que possam ser emitidas pelo Comando da Frente Interna militar, que mapeia mísseis recebidos e outras ameaças aéreas para que o público saiba se deve se abrigar.
O comando da Frente Interna das Forças de Defesa (IDF, em ingês) de Israel proibiu reuniões de mais de 1.000 pessoas em todo o país.
Jordânia fechou espaço aéreo
A Jordânia, que fica a leste de Israel, fechou o seu espaço aéreo para todos os voos que chegam, partem ou atravessam o território.
Apreensão de navio
Neste sábado (13), a Guarda Revolucionária Iraniana apreendeu um navio de carga português que ela diz estar “ligado a Israel”. A embarcação estava no Estreito de Ormuz. (Leia mais abaixo)
Desde o bombardeio israelense à embaixada do Irã, a tensão entre os dois países escalou, com a promessa de revide. Israel e a comunidade internacional se preparam para o iminente ataque, mas não há informações de quando ou onde acontecerá.
Diversos países do mundo, como Reino Unido, Alemanha, França e Índia pediram para que seus cidadãos não viajem ao Irã ou Israel e que deixem esses países. Já a Rússia está desaconselhando viagens a todo o Oriente Médio.
Apreensão de navio
Um helicóptero das forças especiais da Marinha da Guarda abordou o navio de carga português, chamado MSC Aries, e o levou para águas territoriais do Irã. Segundo a Guarda Revolucionária, a embarcação está “ligada a Israel”.
A MSC, que opera o Aries, confirmou a apreensão e disse que trabalha com as autoridades competentes para o regresso seguro do navio e o bem-estar dos seus 25 tripulantes.
Em rede social, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse que Teerã pratica pirataria e que deveria ser sancionado por isso.
Irã diz ter apreendido ‘navio ligado a Israel’
“O regime do aiatolá de Khamenei é um regime criminoso que apoia os crimes do Hamas e que está conduzindo uma operação pirata que viola o direito internacional”, disse Katz no X.
“Apelo à União Europeia e ao mundo livre para que declarem imediatamente o corpo da Guarda Revolucionária Iraniana como uma organização terrorista e para que sancionem agora o Irão.”
Já o porta-voz militar de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari, disse que “o Irã sofrerá as consequências por escolher agravar ainda mais esta situação”.
A MSC aluga o navio Aries da Gortal Shipping, uma afiliada da Zodiac Maritime, disse a Zodiac em comunicado. De acordo com a empresa, a MSC é responsável por todas as atividades do navio. A Zodiac é parcialmente propriedade do empresário israelense Eyal Ofer.
Helicóptero passa sobre o navio MSC Aries — Foto: AFP/Divulgação
Escalada de tensão
A apreensão do navio ocorre em meio ao aumento da tensão entre os dois países.
A crise começou depois que autoridades iranianas acusaram Israel de um bombardeio ao consulado do país na Síria, que matou um comandante e outros seis oficiais da Guarda Revolucionária Iraniana. O governo israelense não assumiu a autoria.
Os Estados Unidos posicionaram navios de guerra para proteger Israel.