O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, apresentou nesta quinta-feira (4) os planos de Israel para o próximo estágio de sua guerra em Gaza, com uma abordagem mais direcionada na região norte do enclave e continuando a perseguição a líderes do Hamas no sul.
Israel está reduzindo suas forças em Gaza para permitir que milhares de reservistas retornem a seus empregos. O país também foi pressionado internacionalmente para adotar operações de combate menos intensas.
“Na região norte da Faixa de Gaza, faremos a transição para uma nova abordagem de combate de acordo com as conquistas do Exército na área”, disse o gabinete de Gallant em um comunicado que, segundo ele, descreveu os princípios orientadores que refletem a opinião de Gallant para as próximas fases da guerra.
Ele afirmou que as operações incluirão batidas, demolição de túneis, ataques aéreos e por terra e operações das forças especiais.
População está concentrada no sul da Faixa de Gaza
No sul do enclave, onde a maioria da população de 2,3 milhões de pessoas de Gaza está vivendo no momento, muitas em tendas e abrigos temporários, a operação continuará tentando eliminar líderes do Hamas e resgatar reféns israelenses.
“Continuará por quanto tempo for considerado necessário”, disse o comunicado.
Após a guerra, Gallant afirmou que o Hamas não estará mais no controle de Gaza e que Israel manterá a sua liberdade de ação operacional. Mas ele afirmou que não haverá presença civil israelense e que órgãos palestinos comandarão o enclave.
“Os residentes de Gaza são palestinos, portanto os órgãos palestinos estarão no comando, com a condição de que não haja ações hostis ou ameaças contra o Estado de Israel.”
Israel lançou a sua ofensiva em Gaza após o ataque de 7 de Outubro por homens armados do Hamas que mataram cerca de 1.200 pessoas em comunidades perto de Gaza e levaram cerca de 240 ao cativeiro como reféns, segundo estimativas israelenses.
A ofensiva de Israel matou mais de 22 mil pessoas, segundo as autoridades de saúde palestinas, controladas pelo grupo Hamas, forçou a maior parte da população a abandonar as suas casas e reduziu grande parte de Gaza a escombros.