“Começou o circo, começou a campanha, há nervosismo em Washington, há nervosismo nos sobrenomes da oligarquia, há nervosismo na direita regional, deixem de ser nervosos”, disse o presidente durante um de seus programas semanais de televisão.
“A Venezuela tem o sistema eleitoral mais confiável, transparente e auditado do mundo, e o que vai acontecer está marcado entre o céu e a terra, parem com as campanhas”, acrescentou Maduro. Ele também acusou os Estados Unidos de incentivarem uma “campanha” contra o sistema eleitoral.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos e outros países como Argentina, além de Colômbia e Brasil, criticaram a exclusão de Yoris. Ela havia sido indicada pela liberal María Corina Machado para substituí-la nas eleições devido à desqualificação imposta pela Controladoria, alinhada ao governo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “grave” a exclusão de Yoris em uma coletiva de imprensa ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, também alinhado ao governo, acusou Washington de buscar “desacreditar” as eleições presidenciais, rejeitando as “falsas acusações”.
Yoris fora da disputa
Machado, que venceu as primárias da oposição realizadas em outubro passado, apelou no sábado (30) à comunidade internacional para pressionar pela candidatura de Yoris, uma filósofa de 80 anos que não pôde se inscrever.
Em seu lugar, foi inscrito “provisoriamente” o ex-embaixador Edmundo González Urrutia, devido à impossibilidade de Yoris acessar o sistema automatizado do CNE por razões não especificadas.
Durante o processo de inscrição, encerrado à meia-noite de 25 de março, 13 candidatos se inscreveram, mas nove foram rejeitados pela oposição tradicional por serem considerados “colaboracionistas” do governo.
Também se candidatou Manuel Rosales, um antigo rival de Hugo Chávez, governador do estado petrolífero de Zulia.