Os supostos criminosos entraram “com o objetivo de proteger um membro da sua organização, que foi admitido com ferimentos nas primeiras horas da manhã”, afirmou a polícia na rede social X.
Mais de 60 presos no Equador após tentativa de tomada de hospital — Foto: Reprodução
A polícia do Equador prendeu, neste domingo (21), 68 supostos membros de uma facção criminosa que pretendia tomar o controle de um hospital na província de Guayas, sudoeste do país.
É mais um episódio na onda de violência que assola o Equador há mais de duas semanas, desde que José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, chefe da maior facção criminosa do país, fugiu da cadeia.
O presidente, Daniel Noboa, decretou “estado de conflito interno” em 9 de janeiro e colocou as Forças Armadas nas ruas para enfrentar os traficantes de drogas.
Em um post no X, antigo Twitter, a polícia informou que os supostos criminosos entraram no hospital para “proteger um membro da sua organização”, levado para lá após ser ferido.
A polícia informou ainda que apreendeu armas de fogo e drogas. E disse que descobriu um centro de reabilitação clandestino onde se escondiam supostos membros da facção.
O chefe de polícia local, Julio Camacho, disse que esse local tem sido uma espécie de centro de comando e abrigava ainda “uma casa de prostituição”.
Centenas de centros de reabilitação clandestinos, que não possuem condições adequadas para atendimento aos pacientes, foram fechados pelas autoridades sanitárias equatorianas. Outros foram cenários de tragédias, como quando 18 pessoas morreram devido a um incêndio em 2019.
Vários destes centros estão ligados a facções criminosas e já foram alvos de ataques armados, enquanto outros foram considerados locais de cativeiro e tortura por organizações de direitos humanos.