O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, defendeu nesta segunda-feira (21) a realocação de israelenses em assentamentos na Faixa de Gaza, território palestino destruído pela guerra travada pelos israelenses contra o Hamas.
“Se quisermos, podemos renovar os assentamentos em Gaza”, disse Ben-Gvir a centenas de pessoas que se reuniram para uma conferência ao ar livre intitulada “Preparando-se para Reassentar Gaza”, realizada a cerca de 3 km do território palestino.
Enquanto os convidados discursava, era possível ver colunas de fumaça subindo em Gaza e ouvir fortes estrondos da artilharia à distância.
Ben-Gvir também pediu a Israel para “encorajar a emigração” de palestinos para fora de Gaza. “É a melhor solução e a mais moral, não pela força, mas dizendo a eles: ‘Estamos dando a vocês a opção, vão embora para outros países, a Terra de Israel é nossa'”, disse ele.
Israel retirou sua força militar e seus colonos de Gaza em 2005, após uma ocupação de 38 anos, e Netanyahu já havia dito que não pretende manter novamente uma presença permanente de ciadãos israelenses no território palestino.
Mas, após mais de uma ano de guerra contra o Hamas, que controla a região politicamente, Netanyahu ainda não esclareceu quais planos Israel tem para Gaza após a guerra. Alguns de seus aliados no governo, como Ben-Gvir, no entanto, expressam abertamente desejos contrários ao do primeiro-ministro.
Quem é o ministro extremista de Netanyahu
Itamar Ben-Gvir é um dos maiores defensores dos assentamentos de colonos israelenses na Cisjordânia, considerados ilegais pela comunidade internacional.
Ele é acusado de incitar a violência contra árabes, e costumava exibir em seu próprio gabinete um retrato de Baruch Goldstein, extremista judeu que matou 29 palestinos e feriu outros 125 em Hebron, na Cisjordânia, em 1994, num atentado conhecido como o Massacre do Túmulo dos Patriarcas.