Equipes da agência de notícias Reuters registraram o fluxo de veículos com pessoas que estavam deslocadas por conta do conflito dos últimos meses em direção à região, já na manhã desta quarta-feira (27).
Uma criança faz um gesto enquanto segura uma bandeira do Hezbollah pela janela de um carro, na entrada dos subúrbios do Sul de Beirute — Foto: Adnan Abidi/Reuters
Ainda na madrugada, dezenas de veículos deixaram a cidade portuária de Sidon e seguiram mais ao Sul do Líbano, informou a agência. Libaneses também saíram às ruas da capital e de outras cidades para comemorar a trégua no combate.
O exército do Líbano disse nesta quarta-feira que está se preparando para se deslocar para o Sul do país, segundo a agência. Em comunicado, o exército pediu que os moradores das vilas da fronteira adiem o retorno para casa até que as forças israelenses se retirem.
Homem observa pela janela do carro enquanto dirige para o Sul do Líbano, após a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo Hezbollah — Foto: Adnan Abidi/Reuters
Cessar-fogo por 2 meses
Israel aprovou um acordo para um cessar-fogo nos bombardeios israelenses no Líbano contra o Hezbollah, conforme anúncio feito pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na terça.
O acordo entrou em vigor às 4h da manhã desta quarta-feira, no horário local — 23h desta terça, no horário de Brasília —, segundo o presidente dos EUA, Joe Biden. O acordo vinha sendo costurado havia semanas com a intermediação dos Estados Unidos e da França.
Em pronunciamento televisionado em tom de vitoria, Netanyahu disse que impôs um retrocesso de “décadas” no Hezbollah, que os habitantes do Norte de Israel irão voltar para suas casas e que o país vai voltar a atacar caso o grupo extremista não cumpra sua parte no acordo.
A proposta em discussão previa a interrupção dos ataques por dois meses e a retirada das forças israelenses da fronteira sul do Líbano, segundo disseram à agência de notícias de Reuters diplomatas envolvidos na negociação. Por outro lado, o Líbano poderia retornar suas tropas para a fronteira, e o Hezbollah levaria suas armas para o norte do país.
Em uma nota conjunta, Jeo Biden e Emmanuel Macron disseram que o cessar-fogo “vai proporcionar as condições necessárias para o regresso à paz no país”.
Na segunda-feira (25), o site de notícias norte-americano Axios afirmou que autoridades dos EUA que participam da negociação haviam chegado a um entendimento com as duas partes. O embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Herzog, também disse à imprensa local que o acordo poderia sair em breve, mas disse que ainda havia pontos a serem ajustados.
Na terça, antes do anúncio do acordo, o Conselho de Segurança israelense se reuniu para definir os pontos do cessar-fogo.
Um homem que está retornando para sua vila acena enquanto carrega seus pertences em seu carro, após o início do cessar-fogo entre o Hezbollah e Israel na madrugada de quarta-feira (27), em Tiro, no Sul do Líbano — Foto: Hussein Malla/AP
Pessoas em seus carros com pertences retornam para suas vilas após o início do cessar-fogo entre Hezbollah e Israel na madrugada de quarta-feira (27), em Tiro, no Sul do Líbano — Foto: Hussein Malla/AP
Veículos circulam perto de prédios danificados nos subúrbios do Sul de Beirute — Foto: Adnan Abidi/Reuters
Moradores retornam às cidades do Sul do Líbano após acordo de cessar-fogo — Foto: Aziz Taher/Reuters
Pessoas reagem ao chegar de volta a Tiro, no Sul do Líbano, após a entrada em vigor do cessar-fogo — Foto: Adnan Abidi/Reuters
Um menino observa de um veículo enquanto segue de volta para o Sul do Líbano — Foto: Adnan Abidi/Reuters
Um veículo transportando os pertences de pessoas chega a Tiro, no Sul do Líbano — Foto: Adnan Abidi/Reuters
Um homem faz o sinal de vitória de dentro de um carro na entrada dos subúrbios do sul de Beirute — Foto: Thaier Al-Sudani/Reuters
Homens fazem gestos enquanto seguram bandeiras do Hezbollah, na entrada dos subúrbios do sul de Beirute — Foto: Thaier Al-Sudani/Reuters