A mulher de Navalny, Yulia Navalnaya, disse não acreditar totalmente na morte do marido. EUA e União Europeia culpam o governo Putin.
“A repressão, aqui, a gente inclui repressão a intelectuais, a jornalistas, ativistas de direitos humanos, opositores políticos. Tanto uma perseguição criminal, com leis bem draconianas, e também com a execução de opositores políticos”, avalia Ferraro.
Foto de arquivo mostra Alexei Navalny durante protestos em 29 de fevereiro de 2020 — Foto: Pavel Golovkin/AP
Politkovskaya recebeu diversos prêmios pela incansável busca de atos de desrespeito aos direitos humanos por parte do governo de Putin, particularmente na violenta província da Chechênia, no sul do país.
Os outros pilares, segundo Ferraro, são os ganhos econômicos e o ideológico.
“Assim como diversos outros regimes autoritários, o regime conta com o pilar de ganhos econômicos. A Rússia, quando a desintegração da União Soviética teve espaço no início dos anos 90, passou por uma profunda a crise econômica e foi se restabelecendo ao longo, exatamente, no período de Vladimir Putin. Então o Vladimir Putin ficou associado a essa ideia de ganhos econômicos substanciais.”
“O pilar ideológico, o pilar de legitimação ideológica, está diretamente relacionado à questão de que a Rússia estaria cercada de inimigos que querem destruí-la, que querem sufocá-la, e que Vladimir Putin seria o protetor, o ator que traz essa segurança contra esses inimigos tanto externos, quanto internos.”
O assassinato da oposição russa
‘Morte’ da oposição é um dos pilares do regime de Putin
O que você precisa saber:
O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Carol Lorencetti, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva e Thiago Kaczuroski. Neste episódio colaborou: Sarah Resende.