“Não podemos acreditar que é só culpa dos atacantes, é o coletivo”, diz Rafael Lacerda

O Vila Nova estreou com derrota no Campeonato Brasileiro da Série B. O Tigrão perdeu por 1 a 0 para o Coritiba, fora de casa, em um jogo em que o time pouco produziu e ficou aquém das expectativas. O técnico Rafael Lacerda fez questão de eximir a culpa da derrota apenas dos atacantes, ressaltando que o time como um todo não conseguiu render.

“Foi coletivo. É muito fácil a gente falar que faltou dos atacantes, porque, quando a gente se defende, eles começam a marcação lá em cima. Então, não posso creditar isso aos atacantes, porque a bola precisa chegar lá na frente. São coisas que a gente precisa melhorar e temos que trabalhar durante a semana. A competição é extremamente difícil, mas quando a gente não consegue produzir ofensivamente, não podemos acreditar que é só culpa dos atacantes, é coletivo”, falou o treinador.

No jogo contra o Coritiba, o Vila Nova teve apenas 30% de posse de bola, além de não ter acertado nenhum chute em direção ao gol. Na maior parte da partida, o time não conseguiu ultrapassar o meio de campo e ficou posicionado para o contra-ataque. No entanto, Rafael Lacerda afirmou que a estratégia não era apenas se defender, mas que ela não funcionou como o planejado.

“Não foi uma estratégia (só defender). O jogo se desenhou para isso. O Coritiba se impôs e teve o controle da partida. Tecnicamente, os atletas do Coritiba estavam num dia melhor que os nossos. A gente monta uma estratégia, mas não podemos vir até Curitiba pensando só em nos defender. A gente pensou, sim, em tentar propor o jogo, principalmente pelas peças que temos, mas nem sempre o que a gente treina e planeja acontece. Então, assim, a gente não veio aqui só para se defender. Viemos aqui para conquistar uma vitória. Claro que, no final do jogo, o empate não seria um mau resultado, mas infelizmente isso não aconteceu”, disse Rafael Lacerda.

Além da derrota e do baixo desempenho, o Vila Nova entrou em campo com várias mudanças em relação ao Campeonato Goiano. As principais delas foram na defesa, com a ausência de Bernardo Schaapo e do atacante Gabriel Poveda. No entanto, para Rafael Lacerda, essas alterações foram decisões suas, pensadas com base na forma como o Coritiba atuava.

“Foram opções do treinador. A gente não tem apenas 11 jogadores. Provamos isso durante o campeonato estadual. São jogadores que, quem entrou, entrou porque mereceu a oportunidade. Claro que todos os jogadores são importantes, mas a gente tem que tomar decisões, e, nesse caso, eu precisei escolher quem iria iniciar. Então, foram escolhas que fizemos também pensando no adversário, em como se portava a defesa adversária. A gente analisa muito o adversário, além das escolhas que tivemos para este jogo”, completou.