Suspeitos tinham lucro de até 34000%

Os responsáveis foram indiciados (Foto: PCGO)
Uma operação realizada pela Polícia Civil de Goiás na quinta-feira (10/4) fechou uma fábrica clandestina de ração animal em Goianira. Segundo a corporação, existia uma rede envolvida na produção e venda irregular de produtos animais. Mercadorias impróprias para o consumo foram apreendidas.
Ainda de acordo com as investigações, a fábrica clandestina funcionava em um galpão onde os responsáveis faziam a manipulação, o acondicionamento e o comércio ilegal de ração nutricional animal.
Conforme a PC, o custo de fabricação era pequeno. No entanto, o lucro de venda chegava a quase 34.000%. Isso porque os produtos eram divulgados e vendidos em mercados digitais e comercializados para todo o país. O custo de produção de um saco de 15 quilos, por exemplo, era de cerca de R$ 2,50, enquanto o valor de venda em plataformas digitais chegava a R$ 600.
O delegado responsável pelo caso, Khlisney Kesser Campos, disse que a apuração teve início após uma denúncia encaminhada pela Delegacia de Bela Vista. Durante as buscas, os agentes encontraram matérias-primas, como creolina, colorante de construção civil (xadrez) e calcário, além de envólucros e maquinários utilizados para fabricar os produtos inadequados ao consumo, bem como centenas de unidades do produto prontos para a venda.
Operação
Após a localização da fábrica clandestina de ração, na cidade de Goianira, a polícia solicitou o apoio do Ministério da Agricultura, que confirmou a existência de outras denúncias em estados como Rondônia e Amazonas. Com base nessas informações, a Decon cumpriu três mandados de busca e apreensão, incluindo nas residências dos proprietários e no local da produção clandestina.
Os responsáveis foram indiciados e responderão por crimes contra as relações de consumo e falsificação. Se somadas, as penas podem ultrapassar os 20 anos de prisão.