O padre Heveraldo José Sales Borges, de 47 anos, foi atropelado na noite de domingo (22) por um motorista embriagado perto da Igreja Católica onde ele é pároco, no Bairro Santa Terezinha, em Juiz de Fora.
De acordo com o Registro de Evento de Defesa Social (Reds) da Polícia Militar (PM), o teste de etilômetro aplicado ao motorista, de 48 anos, apontou 1,21 miligrama de álcool por litro de ar expelido. A legislação considera crime de trânsito tudo o que ficar acima de 0,33 mg/l.
Ele contou aos policiais que seguia pela Avenida Rui Barbosa quando foi obrigado a desviar de um ciclista que atravessou na frente do carro. Por isso, ele precisou subir na calçada, atingindo o padre.
Ainda segundo a PM, o motorista apresentava sinais de embriaguez, como andar cambaleante, olhos vermelhos, fala desconexa e hálito etílico. Inicialmente, ele se recusou a fazer o teste, mas depois aceitou passar pelo exame.
Uma testemunha desmentiu o relato do motorista e disse aos policiais que ele transitava em alta velocidade e tentou fazer uma curva à esquerda, perdeu o controle do carro e atingiu o pedestre. A mesma testemunha afirmou que não havia nenhum ciclista passando pelo local no momento do acidente.
O pároco foi atendido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi encaminhado à Santa Casa de Misericórdia. De acordo com a assessoria da Arquidiocese de Juiz de Fora, ele foi medicado e liberado e não irá falar sobre o assunto.
Os policiais conversaram com o padre durante o atendimento hospitalar. Ele contou que estava na calçada quando foi atingido pelo veículo, que o jogou no chão. Recebeu ajuda para se levantar e aguardou a chegada do Samu.
O motorista recebeu voz de prisão em flagrante, teve a carteira de habilitação recolhida e foi encaminhado para a delegacia do Bairro Santa Terezinha. Ele teve a prisão ratificada e foi liberado após pagamento de fiança.
O auto de infração sobre o caso foi emitido e enviado para a Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra). Após os trabalhos da perícia, o carro foi levado para um pátio credenciado ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) na cidade. O caso será encaminhado para a 4ª Delegacia de Polícia Civil.