Spengler tem 64 anos. Isso significa que ele poderá entrar em um eventual conclave para escolher o próximo papa. A regra da Igreja Católica estabelece que cardeais com menos de 80 anos têm direito a voto.
A igreja de Jaime será a San Gregorio Magno, em Roma, anunciou o Vaticano.
Com a nomeação, o número de cardeais com menos de 80 anos – e, portanto, aptos a votar – chegará a 122, ultrapassando o limite técnico de 120 estabelecido pela lei da Igreja Católica, algo que tem sido comum nos últimos papados.
No entanto, dois desses cardeais atingirão a idade limite ainda este ano, e outros 13 ultrapassarão o limite até o fim de 2025.
Fora o brasileiro, Francisco também anunciou nomes de países como Peru, Argentina, Equador, Chile, Japão, Filipinas, Sérvia, Costa do Marfim e Argélia.
Jaime se soma a outros sete cardeais brasileiros, nomeados em outros anos.
Novos cardeais participam de cerimônia na Basílica de São Pedro, no Vaticano, no dia 7 de dezembro de 2024 — Foto: Guglielmo Mangiapane/Reuters
Quem é Dom Jaime Spengler?
Spengler nasceu em Gaspar (SC) no ano de 1960. O religioso ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1982 e cursou filosofia e teologia no Brasil e em Jerusalém, em Israel.
No ano de 1990, ainda em Gaspar, Jaime foi ordenado padre. Posteriormente, fez doutorado em filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
O arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler, em entrevista coletiva a jornalistas na cobertura da 60ª Assembleia Geral da CNBB. — Foto: Jaison Alves/CNBB Sul 4
Em 2010, o padre foi nomeado como bispo auxiliar pelo Papa Bento XVI, sendo ordenado em 2011, também em Gaspar.
Jaime foi eleito 1º vice-presidente da CNBB em 2019.
Veja a lista dos futuros cardeais:
- Angelo Acerbi, Núncio Apostólico
- Carlos Gustavo Castillo Mattasoglio, arcebispo de Lima (Peru)
- Vicente Bokalic Iglic, arcebispo de Santiago del Estero (Argentina)
- Luis Gerardo Cabrera Herrera, arcebispo de Guayaquil (Equador)
- Fernando Natalio Chomalí Garib, arcebispo de Santiago do Chile (Chile)
- Tarcisius Isao Kikuchi, arcebispo de Tóquio (Japão)
- Pablo Virgilio Siongco David, bispo de Kalookan (Filipinas)
- Ladislav Nemet, arcebispo de Belgrado (Sérvia)
- Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (Brasil)
- Ignace Bessi Dogbo, arcebispo de Abidjan (Costa do Marfim)
- Jean-Paul Vesco, arcebispo de Argel (Argélia)
- Dominique Joseph Mathieu, arcebispo de Teerã-Isfahan dos Latinos (Irã)
- Roberto Repole, arcebispo de Turim (Itália)
- Baldassare Reina, bispo auxiliar de Roma, ex-vice-gerente e, atualmente, Vigário Geral da Diocese de Roma
- Frank Leo, arcebispo de Toronto (Canadá)
- Rolandas Makrickas, arcebispo titular de Tolentino, arcipreste coadjutor da Basílica Papal de Santa Maria Maior
- Mykola Bychok, bispo dos Santos Pedro e Paulo de Melbourne dos Ucranianos (Austrália)
- Timothy Peter Joseph Radcliffe, teólogo
- Fabio Baggio, arcebispo titular eleito de Urusi, subsecretário do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral
- George Jacob Koovakad, arcebispo titular de Nisibi dos Caldeus, coordenador das Viagens Apostólicas
- Domenico Battaglia, arcebispo de Nápoles (Itália)