Na residência da suspeita, foi encontrado um computador com arquivos de abuso

Uma mulher de 53 anos foi presa em flagrante por armazenar imagens de violência sexual contra crianças e adolescentes. A suspeita foi detida pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (10) durante a Operação Anjos da Guarda, que cumpriu um mandado de busca e apreensão em Goiânia relacionado a crimes cibernéticos envolvendo abuso infantojuvenil.
A PF iniciou as investigações após receber denúncias sobre a circulação de material ilegal. Após análises, os agentes identificaram a suspeita e cumpriram o mandado de busca e apreensão. Na residência da suspeita, foi encontrado um computador com arquivos de abuso, além de outros dispositivos eletrônicos, como um segundo computador e dois celulares, que foram apreendidos para perícia.
A mulher foi autuada em flagrante pelo artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê pena de 1 a 4 anos de prisão por armazenamento de material de exploração sexual de menores.
De acordo com a delegada Graziella Balestra, chefe da Deleciber (Delegacia de Combate a Crimes Cibernéticos), a perícia nos equipamentos apreendidos será crucial para identificar possíveis outros crimes, como aliciamento de menores ou redes de compartilhamento.
Além disso, ela explicou: “Irá responder inicialmente pelo artigo previsto no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente. No caso, trata-se de armazenamento de imagens de abuso infantojuvenil, bem como outras condutas que foram identificadas após a análise do material apreendido.”
Segundo a delegada, caso seja constatado o compartilhamento – ou seja, o envio dessas imagens e vídeos a outras pessoas –, a acusada poderá responder também pelo delito previsto no artigo 241-A do ECA, com pena de reclusão de 3 a 6 anos. Por fim, se for identificada a produção de imagens de abuso, ela poderá responder por estupro de vulnerável, com pena de reclusão de 8 a 15 anos.
A mulher permanece presa à disposição da Justiça, enquanto a PF aguarda os laudos periciais para definir novas medidas. A operação segue em andamento, e não se descarta a possibilidade de novas prisões ou descoberta de mais vítimas.
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