Ele está proibido de sair do território espanhol, devendo entregar todos os seus passaportes à Justiça. Além disso, deverá comparecer semanalmente ao tribunal na capital catalã, “bem como quantas vezes for convocado pela Autoridade Judiciária”.
Além disso, Daniel Alves está proibido de se comunicar com a vítima — a jovem de 23 anos que o denunciou teve a sua identidade mantida em segredo durante todo o processo.
Daniel Alves está proibido de se aproximar de um raio de mil metros da residência da vítima, seu lugar de trabalho e de qualquer outro lugar frequentado por ela, diz a decisão da Justiça.
Daniel Alves consegue liberdade condicional sob fiança de 1 milhão de euros
Em audiência nesta terça-feira (19), a defesa de Alves havia solicitado formalmente que ele respondesse em liberdade o julgamento do recurso da condenação.
“Não vou fugir, acredito na Justiça”, declarou Daniel Alves, durante a audiência, da qual ele participou por videoconferência.
Condenação em 1ª instância
Os juízes determinaram que, caso a defesa pague a fiança solicitada, todos os passaportes de Daniel Alves — o brasileiro e o espanhol — serão retirados.
“O tribunal delibera, por maioria e com voto individual: ‘Acordar a prisão provisória de Daniel Alves, que pode ser evitada mediante o pagamento de uma fiança de 1.000.000 de euros e, se o pagamento for verificado, e acordada a sua libertação provisória, o retirada de ambos os passaportes, espanhol e brasileiro, a proibição de sair do território nacional, e a obrigação de comparecer semanalmente a este Tribunal Provincial, bem como quantas vezes for convocada pela Autoridade Judiciária”, disse a sentença.
A Promotoria espanhola pedia a condenação de 9 anos para Daniel Alves, e a defesa da vítima, 12 anos de prisão.
Segundo a sentença, o tribunal aplicou ao ex-jogador uma circunstância atenuante de reparação do dano ao considerar que “antes do julgamento, a defesa depositou na conta do tribunal a quantia de 150 mil euros (R$ 801,2 mil) para ser entregue à vítima independentemente do resultado do julgamento, e esse fato expressa, segundo o tribunal, ‘uma vontade reparadora'”.
O que diz a acusadora
A mulher que acusa Daniel Alves de estupro afirma que, na noite em que, segundo ela, o estupro ocorreu, estava com uma amiga e uma prima na área VIP da boate Sutton e que já tinha dançado com o jogador e amigos dele. Depois disso, diz ela, o atleta insistiu para que a jovem o acompanhasse até um outro recinto.
A jovem alega que achava que, nesse segundo espaço, havia uma nova área VIP. Ao entrar, no entanto, notou que estava num banheiro pequeno, que só tinha um vaso e uma pia. Lá, segundo a acusadora, aconteceu o estupro.