‘Não importam quais sejam os resultados das eleições. Não podem mudar o fato de que há apenas uma China e Taiwan é parte dela’, afirmou o ministro chinês um dia depois dos taiwaneses elegerem como presidente Lai Ching-te, contrário à unificação da ilha com a China.
O ministro das Relações Exteriores da China Wang Yi em entrevista à imprensa no Cairo, neste domingo (14). — Foto: Khaled Desouki/AFP
O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, afirmou, neste domingo (14), que qualquer iniciativa a favor da independência de Taiwan será “duramente punida”, um dia depois dos taiwaneses elegerem como presidente Lai Ching-te, contrário à unificação da ilha com a China.
“Se alguém na ilha de Taiwan pensa em buscar a independência, estará tentando dividir a China e, sem dúvida, será duramente punido, tanto pela história quanto pela lei”, declarou o chanceler chinês em entrevista coletiva ao lado do chanceler egípcio, Sameh Shoukry, no Cairo.
“Não importam quais sejam os resultados das eleições. Não podem mudar o fato de que há apenas uma China e Taiwan é parte dela”, reiterou Wang.
“Taiwan nunca foi um país. Não foi no passado e certamente não será no futuro”, disse ainda, na mesma coletiva.
Taiwan e a China continental estão separadas desde 1949, quando as tropas comunistas de Mao Tsé-tung derrotaram as forças nacionalistas. Estas últimas se refugiaram na ilha e impuseram uma autocracia que se tornou uma democracia na década de 1990.
O resultado da votação deste sábado tem potencial para deteriorar as relações já não tão boas entre Taiwan e China, e até acelerar planos chineses de invadir a ilha.
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