As forças militares israelenses afirmaram que estão analisando o que aconteceu “para compreender as circunstâncias desse trágido incidente”.
A World Central Kitchen afirmou na rede social X (o antigo Twitter) que está ciente das notícias, mas não fez mais comentários.
Sabe-se que entre os quatro estrangeiros mortos há um cidadão do Reino Unido, um da Austrália e um da Polônia. Ainda não se sabe a nacionalidade do quarto estrangeiro morto.
Os funcionários da ONG haviam acabado de levar comida e outros itens de ajuda humanitária ao norte da Faixa de Gaza, onde a população está à beira de uma crise de fome.
Imagens em vídeo gravadas em um hospital na cidade de Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, mostra que alguns deles estavam com itens de proteção que tinham o logotipo da ONG.
A ONG enviou um navio com cerca de 400 toneladas de comida e itens de ajuda humanitári à Faixa de Gaza. O carregamento foi organizado pelos Emirados Árabes Unidos e pela World Central Kitchen, que foi fundada pelo chef espanhol José Andrés.
No mês passado, a ONG fez a primeira entrega com 200 toneladas.
Os Estados Unidos devem começar a usar a rota marítima para fornecer ajuda à região norte da Faixa de Gaza, onde a fome é iminente.
A ONU tem uma agência especializada em atender os palestinos que atua na Faixa de Gaza, mas Israel proibiu essa entidade de fazer entregas no norte do território. Outros grupos de ajuda afirmam que enviar comboios de caminhões para o norte tem sido muito perigoso devido à falta de garantia de segurança por parte do exército.
Veja abaixo um vídeo sobre a possibilidade de crise de fome na Faixa de Gaza.
A Corte Internacional de Justiça – principal órgão judicial da ONU – ordenou que Israel garanta a entrega de alimentos à população palestina na Faixa de Gaza
Campanha militar em hospital
O ataque aconteceu horas depois que as forças de Israel acabaram uma campanha de duas semanas no hospital de Shifa, o maior da Faixa de Gaza. O hospital ficou destruído, uma parte do prédio foi reduzida a cinzas.
Os militares afirmaram ter matado 200 militantes do Hamas durante a campanha, porém as agências de notícias não conseguiram confirmar se todos realmente pertenciam ao grupo terrorista. Os palestinos dizem que retiraram corpos de civis dos destroços.